Onde quer que fosse, diz Rosie Gabrielle, ela era 'cercada por homens': 'Não teve nenhum momento em que eu tenha me sentido ameaçada, com medo, que eu tenha me sentido desrespeitada'. Contra todos os conselhos que recebeu, a canadense Rosie Gabrielle encarou as estradas do Paquistão do jeito que mais gosta: em cima de uma motocicleta. “Eu não gostava de viajar do ponto A ao ponto B e perder tudo no caminho, dentro de um ônibus”, explica. Já são três anos desde que começou a percorrer o mundo documentando suas aventuras. VEJA O VÍDEO De moto no Himalaia: como é rodar no topo do mundo “A primeira coisa que escutei foi: ‘É muito perigoso, não vá para lá’”, diz sobre a decisão de viajar pelo Paquistão. Rosie já passou cinco meses percorrendo o país com sua motocicleta e, onde quer que fosse, acabou sempre cercada por homens. “Não teve nenhum momento em que eu tenha me sentido ameaçada, com medo, que eu tenha me sentido desrespeitada”, conta. Sem equipe de filmagem ou segurança, a canadense viaja sozinha. Começou pelo Sudeste Asiático, pilotando por 12 mil quilômetros entre Tailândia, Vietnã, Laos e Camboja. Desta vez, explorou o Paquistão, de Lahore à litorânea Gwadar. O que encontrou foi um povo gentil. Quando sua motocicleta quebrou e não havia oficinas mecânicas abertas, foi hospedada por uma família. Naquela noite, as mulheres fizeram questão de mostrá-la as tradicionais roupas sindhi. Em outra ocasião, recebeu gasolina no meio da estrada. E não aceitaram pagamento. “Pessoas são tão incríveis, e isso realmente abre sua mente. Me inspira, a todo momento.”