De acordo com a companhia, apenas 18,3% de suas 597 lojas no Brasil, Uruguai e Argentina estão em funcionamento. A Lojas Renner teve queda de cerca de 94% no lucro líquido do primeiro trimestre sobre o resultado positivo de um ano antes influenciada pelos impactos da epidemia de Covid-19 sobre sua divisão de serviços financeiros. A companhia, que afirmou que atualmente apenas 18,3% de suas 597 lojas no Brasil, Uruguai e Argentina estão em funcionamento, teve lucro líquido de R$ 10,4 milhões de janeiro ao final de março ante lucro de R$ 162 milhões no mesmo período de 2019. O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado despencou 65%, para R$ 110,9 milhões. Renner abre loja em Campinas Divulgação/Renner Com os efeitos das medidas de quarentena decretas por vários estados na expectativa de frear o avanço do novo coronavírus, a companhia afirmou que antecipou várias fases do projeto de ominichannel e de digitalização que estavam previstas para entre 2020 e 2022 e que "e foram implementadas, em sua maioria, ao longo dos meses de março, abril e maio". Diante disso, as despesas operacionais subiram 8,7%, para R$ 662,7 milhões. A companhia mostrou no balanço um forte impacto no resultado com produtos financeiros, que fechou o trimestre em R$ 20,7 milhões, uma queda de quase 79% na comparação anual. Segundo o balanço, a companhia aumentou a provisão para perdas com crédito e elevou de 12,2% para 17,3% o índice de cobertura. As perdas estimadas de crédito do Cartão Renner subiram de R$ 78,7 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 197,5 milhões nos três meses encerrados em março deste ano. Na operação de cartão co-branded as perdas estimadas subiram de R$ 237 milhões para R$ 362 milhões. A Lojas Renner registrou uma queda das vendas mesmas lojas de 10,7% no primeiro trimestre. A receita líquida de venda de mercadorias recuou 6%, para R$ 1,55 bilhão. Apesar disso, a empresa conseguiu deixar a margem bruta praticamente estável em 55,4%. A empresa afirmou no balanço que a captação de financiamentos de cerca de R$ 2 bilhões para reforçar caixa, aliada à redução do investimento para R$ 560 milhões e ao corte no pagamento aos acionistas para 25% do lucro do ano passado, "garantiram a preservação da saúde financeira da companhia mesmo em cenários de estresse".