Trabalho de intérprete é o segundo dos cinco discos planejados pelo cantor, compositor e percussionista mineiro para este ano de 2020. ♪ O cantor, compositor e multi-instrumentista mineiro Sérgio Pererê planeja lançar nada menos do que cinco álbuns ao longo deste ano de 2020. Três – Cada um ao vivo (registro do show baseado no álbum Cada um, lançado pelo artista em 2018), Canções de bolso (com inédito repertório autoral) e Coração de marujo (disco idealizado para embalar a ancestralidade do artista em ritmos da cultura popular tradicional) – estão sendo preparados de forma simultânea. Outros dois já estão disponíveis. O primeiro a ser editado foi Maurício Tizumba e Sérgio Pererê ao vivo, disco que – como o título já explicita – traz registro de show feito pelo artista com o conterrâneo belo-horizontino Maurício Tizumba. Já Revivências – álbum disponível desde quarta-feira, 20 de maio – se diferencia na discografia de Pererê por ser trabalho de intérprete. No álbum, o cantor dá voz a músicas de compositores da MPB como Chico Buarque, Gilberto Gil, Gonzaguinha (1945 – 1991), João Bosco, Luiz Melodia (1951 – 2017) e Milton Nascimento, entre outros autores. Capa do álbum 'Revivências', de Sérgio Pererê Divulgação Além de cantar, Pererê toca percussão (eletrônica e orgânica) e assina a produção musical de Revivências, álbum gravado com os toques dos músicos Acauã Rane (alternando-se no baixo, na guitarra e no violão) e Richard Neves (piano). O lançamento do disco estava previsto para o segundo semestre, mas foi antecipado pelo fato de o artista ter identificado conexões do repertório de Revivências com o momento atual do mundo, revirado com a pandemia do coronavírus. Aberto com registro a capella de Canções e momentos (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1986), o disco inclui abordagens das músicas Tempo rei (Gilberto Gil, 1984), Só (Luiz Melodia e Perinho Santana, 1983), Estrela (Vander Lee, 2009), Dança (Chico César, 1992), Pequena memória para um tempo sem memória (A legião dos esquecidos) (Gonzaguinha, 1980), Roda viva (Chico Buarque, 1968), De frente pro crime (João Bosco e Aldir Blanc, 1974) e Juízo final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares, 1973). Música do repertório do trio Paralamas do Sucesso, Selvagem (Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone, 1986) é a surpresa da seleção musical de Revivências, feita por Pererê dentro do referencial universo da MPB.