Com rígidas medidas de segurança, o reinício das atividades será gradual. Foco das fabricantes será nos SUVs Tracker e T-Cross. Retorno da produção do novo Chevrolet Tracker em São Caetano do Sul (SP) Divulgação/General Motors General Motors e Volkswagen anunciaram nesta segunda-feira (18) a retomada da produção de veículos em São Caetano do Sul (SP) e São José dos Pinhais (PR), respectivamente, após as paralisações pela pandemia do coronavírus. No caso da GM, as atividades terão como foco o novo Tracker, lançado no início do período de quarentena. Na Volks, a primeira linha produtiva reativada será a do T-Cross. Coronavírus: veja os efeitos na indústria automotiva Chevrolet anuncia aumento de 4% nos preços de toda a sua linha no Brasil Segundo as fabricantes, foram estabelecidos rígidos protocolos de prevenção para garantir a segurança dos funcionários. Entre as medidas, estão o uso de máscaras, reforço da higiene, distanciamento social (com adaptações em transportes e refeitórios), medição diária de temperatura corporal, formulário digital de autodeclaração de saúde, além de um monitoramento de casos suspeitos ou confirmados. Funcionários apresentam autodeclaração de saúde e têm temperatura medida na fábrica da GM Divulgação/General Motors Para a General Motors, neste primeiro momento, o retorno será apenas para os trabalhadores do primeiro turno. Questionada pelo G1, a marca não respondeu quantas pessoas voltaram ao trabalho e se elas permanecem com acordos de redução de jornada. As outras fábricas da montadora no Brasil devem voltar em junho, mas ainda sem uma data definida. Marcas apostam em lojas virtuais e 'test-drive delivery' para vender na pandemia “Ele [o protocolo] é baseado nas orientações globais da GM e aprendizados que tivemos das nossas operações que já retomaram na China e na Coreia do Sul, e foi testado pelas equipes que estão nas fábricas consertando respiradores", disse Luiz C. Peres, vice-presidente de manufatura da GM América do Sul. A GM afirmou que manterá as outras atividades de combate ao coronavírus iniciadas durante a paralisação, como a produção de máscaras e o conserto de respiradores. Volkswagen retoma produção de veículos em São José dos Pinhais (PR) Divulgação/Volkswagen Na Volkswagen, a retomada será feita em dois turnos "em ritmo mais lento" para a fábrica paranaense como retorno de cerca de 2.200 trabalhadores. "Estamos trabalhando hoje com cerca de 50% da capacidade diária de produção da fábrica. O volume irá depender da curva de aceleração da demanda do mercado", disse a montadora, ao G1. Segundo a empresa, as unidades paulistas de São Bernardo do Campo, São Carlos e Taubaté têm previsão de retorno para o final de maio. Foram providenciadas 67 mil máscaras de tecido para os funcionários, que terão uso obrigatório do equipamento, e criados postos de atendimento médico dentro das fábricas. “O retorno é um sinal importante para nós, para nossa rede de concessionárias, fornecedores e a economia em geral. No contexto pandemia, porém, este é apenas o primeiro passo", disse Pablo Di Si, presidente da Volkswagen para a América Latina. A Volkswagen informou que os trabalhadores permanecem com acordo de redução de 30% da jornada, firmado em abril e que vai até junho. Produção de motos Também nesta segunda-feira a divisão de motos da BMW retomou suas atividades em Manaus. A produção estava paralisada desde 30 de março. Yamaha e Harley-Davison já haviam retornando no final de abril, enquanto outras fabricantes, como a Kawasaki, não chegaram a interromper por completo, mas reduziram as atividades. Tombo histórico na produção Em abril, a indústria automotiva registrou sua maior queda na história. Com praticamente todas as fábricas do setor paradas por causa do coronavírus, a produção despencou 99%, segundo a associação das fabricantes, Anfavea. Produção de veículos no Brasil Fabian Bimmer/Reuters No último mês, foram produzidos 1.847 automóveis, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus, contra 267.561 no mesmo período no ano passado. A Covid-19 também causou uma queda de 76% nos licenciamentos de veículos, que foram de 231.936 unidades em abril de 2019 para 55.735 em 2020. Em comparação a março, com 163.625, a redução foi de 65,9%. De acordo com a entidade, o Brasil é o 6º país com maior queda no número de licenciamentos no mundo comparando os meses de abril – desconsiderando a China, que não divulgou números. Initial plugin text