Índice recuou 0,8% no mês passado após queda de 0,4% em março, maior declínio desde dezembro daquele ano. Fábrica da Ford nos Estados Unidos Divulgação Os preços ao consumidor nos Estados Unidos tiveram em abril a maior queda desde a Grande Recessão. A pressão se deu pelo recuo da demanda por gasolina e uma série de serviços, incluindo viagens aéreas, já que os norte-americanos permaneceram em casa em meio aos esforços para conter o novo coronavírus. O Departamento do Trabalho informou nesta terça-feira (12) que seu índice de preços ao consumidor recuou 0,8% no mês passado após queda de 0,4% em março. Foi o maior declínio desde dezembro de 2008, e marcou o segundo mês seguido de deflação para o índice. Com quadro de empregos piorando por pandemia, EUA estudam novos programas de ajuda China aumenta lista de produtos dos EUA isentos de tarifas extras Nos 12 meses até abril, os preços ao consumidor subiram 0,3% contra alta de 1,5% no mês anterior. Economistas consultados pela Reuters esperavam queda de 0,8% na base mensal e 0,4% na base anual. O Departamento do Trabalho disse que a coleta de dados nas lojas físicas está suspensa desde 16 de março, devido aos riscos de exposição ao Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus. Desemprego pode chegar a 25%, diz secretário do Tesouro nos EUA O departamento acrescentou que a coleta de dados no mês passado também foi impactada "pelo fechamento temporário ou pelas operações limitadas de certos tipos de estabelecimentos", levando a "um aumento no número de preços considerados temporariamente indisponíveis". Isso resultou em muitos índices sendo baseados em quantidades menores de preços coletados do que o habitual, e alguns índices que normalmente são divulgados não foram publicados em abril. Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice de preços caiu 0,4% em abril, o maior declínio desde que a série começou em 1957. O núcleo índice de inflação havia recuado 0,1% em março, a primeira queda desde janeiro de 2010. Nos 12 meses encerrados em abril, o núcleo do índice subiu 1,4%, após avançar 2,1% em março.