Novos cortes de produção pela Arábia Saudita amenizaram temores quanto o excesso de oferta e limitaram as perdas. Os preços do petróleo recuaram nesta segunda-feira (11), com investidores preocupados com a possibilidade de uma segunda onda de infecções por coronavírus, embora novos cortes de produção pela Arábia Saudita tenham amenizado temores quanto ao excesso de oferta e limitado as perdas.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 4,3%, a US$ 29,63 por barril. Já o petróleo dos Estados Unidos (WTI) cedeu 2,4%, para US$ 24,14 o barril.
A demanda global por petróleo despencou cerca de 30% em meio às restrições causadas pelo coronavírus, o que levou ao aumento nos estoques da commodity. Embora os futuros do petróleo tenham recuado mais de 55% neste ano, os preços acumularam ganhos nas últimas duas semanas, apoiados por uma modesta retomada diante do relaxamento de algumas restrições.
No entanto, temores relacionados a uma segunda onda do vírus passaram a pressionar as cotações.
A Alemanha relatou nesta segunda-feira que as novas infecções por coronavírus estão acelerando exponencialmente, após passos iniciais para uma saída do lockdown. Além disso, Wuhan, o epicentro do surto na China, anunciou o primeiro foco de infecções desde a suspensão do isolamento na cidade, há um mês.
A Coreia do Sul também alertou, no domingo, para uma segunda onda do vírus.
Ritmo de infecção por Covid-19 acelera na Alemanha
Mesmo com o cenário, os preços receberam um impulso no início da sessão, depois de a Arábia Saudita anunciar que orientou a petroleira estatal Saudi Aramco a reduzir a produção de petróleo em julho em mais 1 milhão de barris por dia.
"O principal resultado positivo desses cortes adicionais é que, segundo nossos cálculos, agora nós provavelmente evitaremos que os tanques de armazenamento do mundo sejam totalmente preenchidos, caso a demanda tenha a retomada esperada e novas medidas de lockdown não sejam impostas", disse a analista sênior de petróleo da Rystad Energy, Paola Rodriguez Masiu.