Receita líquida, entretanto, cresceu mais de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior e somou R$ 8,9 bilhões. Unidade da BRF em Fortaleza Paulo Whitaker/Reuters A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, registrou prejuízo líquido societário de R$ 38 milhões no 1º trimestre, o que representa uma perda menor frente ao mesmo período do ano passado (R$ 1,012 bilhão), graças a um aumento no volume e no valor das vendas. Nas operações continuadas, a companhia também registrou um prejuízo líquido de R$ 38 milhões ante perdas de R$ 113 milhões nos 3 primeiros meses de 2019. Segundo a BRF, o resultado foi impactado por despesas referente ao acordo fechado nos EUA para encerrar ação coletiva contra a companha no montante de R$ 204 milhões e pela variação cambial líquida sobre o endividamento. O volume comercializado atingiu 1,1 milhão de toneladas no 1º trimestre de 2020, o que representou um aumento de 8%. Já a receita líquida atingiu a marca de R$ 8,9 bilhões, um crescimento superior a 21,6% em relação ao mesmo período do ano passado. No segmento Brasil, a BRF teve receita líquida de R$ 4,655 bilhões no 1º trimestre, aumento de 18,1% em comparação com de igual intervalo do ano passado. Já no segmento internacional, a receita líquida foi de R$ 4,013 bilhões, alta de 25,6% sobre o 1º trimestre de 2019. O mercado Halal permaneceu importante, representando cerca de 25% do volume total vendido pela empresa no trimestre, ou 277.000 toneladas. Os volumes vendidos no mercado Halal, onde os alimentos devem ser preparados de acordo com os padrões alimentares muçulmanos, também corresponderam a cerca da metade das 562.000 toneladas que a empresa vendeu no Brasil no primeiro trimestre do ano. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, uma medida do lucro operacional, cresceu 67,2% no trimestre, para R$ 1,251 bilhão. A geração total de caixa saltou quase 1.000%, para R$ 2,774 bilhões, destaca a Reuters.. A BRF disse que a pandemia global do novo coronavírus provocou a necessidade de buscar canais de varejo para compensar uma queda nas vendas para restaurantes. Enquanto busca entender as tendências nos hábitos de consumo e a cadeia de suprimentos impactada pelo Covid-19, a BRF procura aquisições em potencial em negócios, tecnologia ou processos devido ao impacto econômico e de liquidez causado pela pandemia. A BRF anunciou a aquisição dos 25% restantes de uma empresa de alimentos na Arábia Saudita, onde também planeja investir 120 milhões de dólares para construir uma planta de processamento de frango. Na sexta-feira, a BRF anunciou que comprou 100% da Joody Al Sharqiya Food Production Factory, uma empresa saudita de processamento de alimentos, por cerca de US$ 8 milhões.