Instituto, que fica no Cosme Velho, Zona Sul do Rio, recebeu 104 mil visitantes e é centro de referência em modernismo brasileiro. Casa Roberto Marinho, no Cosme Velho Reprodução A Casa Roberto Marinho completa dois anos nesta terça-feira (28). Para comemorar o aniversário, o instituto criou ações digitais, como reunir depoimentos em vídeo de artistas, curadores e personalidades que fazem parte da história da instituição — fechada devido à pandemia do novo coronavírus. Nas redes sociais da Casa, está previsto para ir ao ar nesta terça um encontro virtual entre a artista carioca Beatriz Milhazes e o diretor-executivo do instituto, o arquiteto e antropólogo Lauro Cavalcanti. Artista Beatriz Milhazes Ares Soares/Unifor Depois, Cavalcanti fala com o curador e editor Leonel Kaz, que prepara exposição em parceria com a Casa. Por fim, haverá uma conversa com Marcia Mello e Paulo Venancio Filho, que assinam a curadoria da coletiva "Duplo Olhar" – com pinturas e fotografias modernas brasileiras. Beth Jobim, Iole de Freitas, Luiz Áquila, Maria Bonomi e Paulo Climachauska são outros nomes que devem participar da programação especial. História O casarão rosa neocolonial de 1939, que teve por referência o Solar de Megaípe – construção pernambucana do século 17 –, foi inaugurado em 2018 com a exposição "Modernos 10, Destaques da Coleção", que apresentou ao público 124 obras da Coleção Roberto Marinho. Desde que foi aberto, o instituto, que fica no Cosme Velho, Zona Sul do Rio, recebeu 104 mil visitantes e é centro de referência em modernismo brasileiro, dos anos 1930 e 1940, e em abstração informal, dos anos 1950. Os jardins da Casa, que ficam à beira da Floresta da Tijuca, foram originalmente projetados por Burle Marx e inspiraram a mostra aberta em dezembro do ano passado, que continua montada no térreo do instituto. A exposição reúne múltiplos de 11 artistas contemporâneos, como Angelo Venosa, Carlito Carvalhosa e Regina Silveira. Obra 'Concretos', de Beth Jobim, exposta na Casa Roberto Marinho Reprodução A Casa Roberto Marinho já realizou oito exposições, algumas em parceria com outras instituições, como foi o caso de "Djanira: a memória de seu povo", coproduzida com o MASP [Museu de Arte de São Paulo], em 2019. Também houve a coletiva "Oito décadas de abstração informal", montada em parceria com o MAM [Museu de Arte Moderna] de São Paulo, foi premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte na categoria de melhor exposição nacional de 2018. Conteúdos digitais durante isolamento Entre os conteúdos digitais propostos pelo instituto durante o isolamento social estão também a veiculação de uma série de entrevistas com artistas que já expuseram na Casa, como Anna Bella Geiger, Carlos Vergara e José Bechara. A equipe de Educação do instituto também criou uma série de proposições para as famílias. Com materiais disponíveis em casa, as atividades apresentadas (sempre às sextas-feiras) estimulam a percepção do público infantil, intensificam os vínculos entre as famílias e reforçam a necessidade do isolamento social. Serviço Instituto Casa Roberto Marinho (atualmente fechado) Rua Cosme Velho 1105 Rio de Janeiro – RJ Tel: (21) 3298-9449 Website: www.casarobertomarinho.org.br Instagram: @casarobertomarinho
