Ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) disse que há interesse de investidores no leilão. Outras rodadas, porém, seguem adiadas devido à crise gerada pelo coronavírus. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta quinta-feira (23) que o governo foi informado do interesse de empresas em participar da rodada de oferta permanente de blocos de petróleo e que, por isso, o governo decidiu manter o calendário do leilão, previsto para o segundo semestre de 2020.
Com relação aos outros leilões, o ministro informou que eles seguem adiados e que ainda não há uma previsão para que sejam retomados. Segundo o ministro, o governo ainda não sabe quanto tempo vai durar a crise provocada pela pandemia da Covid-19.
“No que diz respeito aos leilões, essa crise fez com que adiássemos os leilões da 7ª e da 17ª rodada [de leilão de blocos de petróleo]. Estamos mantendo o da oferta permanente para o segundo semestre tendo em vista que agentes do setor manifestaram interesse para que ele fosse realizado”, disse.
“Estamos nos preparando para a retomada, vamos retomar os leilões, só não posso dizer quando eles serão retomados”, afirmou durante coletiva de imprensa.
A Oferta Permanente consiste na disponibilidade contínua de campos ofertados em licitações anteriores e que não foram arrematados, ou, então, que foram devolvidos à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).
Segundo o ministro, a queda no preço do petróleo em todo o mundo afeta as intenções de investimentos. A Petrobras, citou o ministro, já anunciou a postergação de alguns projetos, mas outras empresas anunciaram a intenção de manter os investimentos, já que são de longo prazo.
“Já tivemos notícias também que alguns outros agentes do setor de petróleo vão manter os investimentos que estavam previstos, até porque os investimentos em petróleo e gás são de longo prazo. Isso é estudado caso a caso”, disse.
Nos últimos dias o preço do barril de petróleo tem sofrido uma forte queda. Na quarta-feira, o barril do Brent chegou a ser cotado a US$ 16, menor nível desde 1999. A queda do preço do petróleo está ligada principalmente à redução da demanda por causa das medidas restritivas adotadas pelos países como forma de combater o avanço do novo coronavírus.
Com a crise, investidores pagam para se livrar de contratos de petróleo