Brent fechou em alta de 0,8%, enquanto WTI recuou 1,5%. Os preços do petróleo terminaram esta segunda-feira (13) sem direção comum, pois o acordo entre grandes países produtores para um corte histórico de oferta ainda é visto como insuficiente para eliminar preocupações relacionadas à destruição de demanda causada pela pandemia de coronavírus. Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 0,8%, a US$ 31,74 por barril. Já o petróleo dos Estados Unidos (EUA recuou 1,5%, para US$ 22,41 o barril, menor valor de fechamento desde 1º de abril, depois de operar em alta de 5% no início do dia. Média de preços do petróleo Brent, referência para o mercado global, está prevista em US$ 52,52 por barril este an Reuters A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), ao lado da Rússia e de outras nações produtoras, que formam um grupo conhecido como Opep+, concordaram durante o fim de semana em reduzir o bombeamento em 9,7 milhões de barris por dia (bpd) em maio e junho, o que representa cerca de 10% da oferta global. Além disso, vários outros países também vão reduzir produção, com o corte total sendo estimado em cerca de 19,5 milhões de bpd. "A resposta fraca do mercado do petróleo ao acordo da Opep+ parece apropriada", disse Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates. "O acordo ficou parecendo uma tentativa desesperada de último minuto de provocar um choque no mercado, mas que até aqui fracassou, dada a magnitude da deterioração de demanda." O consumo global de combustíveis recuou em quase 30% por causa da pandemia de Covid-19, que matou mais de 110 mil pessoas em todo o mundo e fez com que diversas nações entrassem em isolamento. Isso deve resultar em um excesso de oferta por meses ou anos, apesar dos cortes de produção, o que tende a limitar os ganhos nos preços do petróleo mesmo com o acordo da Opep+, que só foi concluído após dias de negociações.