País entrará na terça-feira na quarta semana de confinamento, que deixou muitos setores econômicos totalmente paralisados. A França pode registrar em 2020, em consequência do impacto econômico do coronavírus, sua pior recessão desde o fim da Segunda Guerra Mundial, afirmou o ministro da Economia, Bruno Le Maire. PARIS – A Avenida Champs-Elysees é vista vazia com o Arco do Triunfo ao fundo em Paris, na França, na noite desta terça-feira (24), oito dias de um bloqueio destinado a conter a propagação do novo coronavírus na França Ludovic Marin/AFP "O pior dado de crescimento que a França registrou desde 1945 foi em 2009, depois da crise financeira de 2008, de -2,2%. Provavelmente estaremos muito além de -2,2% este ano", advertiu o ministro francês. Coronavírus: o que as grandes economias do mundo estão fazendo para evitar falências e a falta de dinheiro O resultado de -2,2% corresponde à primeira avaliação feita na época. Posteriormente, o resultado foi revisado para -2,9%, explicou o ministro. "Isto mostra a magnitude do choque econômico que enfrentamos", completou Le Maire durante uma audiência da Comissão de Relações Econômicas do Senado. A França entrará na terça-feira na quarta semana de confinamento, que deixou muitos setores econômicos totalmente paralisados. Em seu orçamento revisado, adotado em março, o governo francês projetava uma recessão de 1% este ano, mas Le Maire afirmou poucos dias depois que o impacto sobre a economia seria muito maior. De acordo com o Instituto de Estatísticas da França, um mês de confinamento custaria ao país quase 3 pontos do PIB em um ano. Dois meses de confinamento custariam quase 6 pontos.