Segundo associação, problemas no recebimento de materiais e componentes provenientes da China prejudicaram o setor. A produção da indústria elétrica e de eletrônicos no país caiu 7% em fevereiro na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a associação que representa o setor (Abinee) nesta quinta-feira (2).
Os fabricantes de produtos de Tecnologia da Informação (celulares, computadores, entre outros) foram os primeiros a serem afetados pelo coronavírus, em função de problemas no recebimento de materiais e componentes provenientes da China, quando o surto estava mais concentrado neste país.
A China é justamente a principal fonte de componentes do Brasil, com 42% do volume total. O país é um dos principais vendedores de chips, circuitos integrados e outras partes e peças que vão se tornar celulares, máquinas de lavar, televisores e diversos outros eletrônicos em outros países.
O resultado de fevereiro foi influenciado, principalmente, pela queda de 10,6% na produção de bens eletrônicos, uma vez que a área elétrica registrou retração mais modesta (-3,6%).
No acumulado de janeiro e fevereiro de 2020, a produção industrial do setor eletroeletrônico recuou 1,3%. O resultado decorre da retração de 3% da área eletrônica e da elevação de 0,5% da área elétrica.
Setores afetados
Os dados da Abinee mostraram redução na produção de bens eletrônicos, tais como: equipamentos de comunicação (-19,3%), de bens de informática (-10,5%), aparelhos de áudio e vídeo (-12,1%) e instrumentos de medida (-3,4%). Por outro lado, a produção de componentes eletrônicos cresceu 23%.
Na área elétrica, a retração observada foi na produção de lâmpada (-13,8%), de geradores, transformadores e motores (-8,7%) de pilhas e baterias (-7,6%), e de outros equipamentos elétricos não especificados anteriormente (-16,5%), grupo em que estão classificados os aparelhos elétricos de alarme para proteção contra roubo ou incêndio e eletrodos, escovas e outros artigos.