IPC-C1 permanece acima do índice que mede a variação de preços para famílias mais ricas e acumula alta de 3,88% em 12 meses. O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) — que mede a variação de preços de produtos e serviços para famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos — apresentou alta de 0,49% em março, vindo de aumento de 0,02% um mês antes, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Já o IPC-Br, que mede a variação de preços para famílias com renda de um a 33 salários mínimos mensais, registrou inflação de 0,34% em março, invertendo o sinal em relação ao mês anterior, quando teve queda de 0,01%.
Com esse resultado, o IPC-C1 acumula alta de 3,88% em 12 meses, contra 3,44% do indicador geral. Um mês antes, as taxas acumuladas estavam em 4,06% e 3,76%, respectivamente.
Entre fevereiro e março, das oito classes de despesa componentes do índice, subiram mais Alimentação (0,51% para 1,63%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,26% para 0,46%) e Comunicação (0,11% para 0,16%). Habitação mudou de direção (-0,54% para 0,26%) enquanto houve um abrandamento na queda em Educação, Leitura e Recreação (-0,32% para -0,17%).
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Em contrapartida, houve desaceleração em Vestuário (0,32% para 0,00%) e Despesas Diversas (0,15% para 0,00%). Transportes ampliaram a queda (-0,03% para -0,08%).
A principal diferença entre o IPC-C1 e o IBC-Br está na ponderação da cesta de produtos e serviços para chegar ao indicador final. Para famílias mais pobres, por exemplo, alimentação costuma ter maior relevância e educação particular, menor, dentro do total de despesas.