Preço do barril era vendido a US$ 22,89 em Londres, com queda de mais de 8% na comparação com o fechamento de sexta-feira. Nos EUA, preço chegou a cair abaixo de US$ 20. Preços do petróleo desabam nesta segunda com disputa entre Arábia Saudita e Rússia Gregory Bull, File/AP Os preços do petróleo iniciaram a semana em forte queda e o barril de Brent registrou a menor cotação desde 2002, uma consequência do impacto da pandemia do novo coronavírus na demanda. Às 6h25 (horário de Brasília), o barril de Brent para entrega em maio era vendido a US$ 22,89 em Londres, uma queda de 8,18% na comparação com o fechamento de sexta-feira, pouco antes de uma queda a US$ 22,58, menor nível desde novembro de 2002. Em Nova York, o barril de WTI para maio recuava 4,88%, a US$ 20,46, depois de ser negociado abaixo da barreira dos US$ 20. O que explica o tombo do preço do petróleo e quais os seus efeitos "Isto reflete simplesmente a crescente consciência de que a demanda por petróleo está em colapso, provavelmente muito mais que os 20% que eram previstos para abril e maio", afirmam os analistas da JBC Energy. A crise de saúde e as medidas drásticas adotadas para conter a propagação do vírus, como limitar o deslocamento de pessoas e mercadorias, afeta a demanda por combustível. Para Hussein Sayed, da FXTM, além do confinamento, "a ruptura do acordo OPEP+ continuará pesando sobre os preços". Dois dos três principais produtores mundiais, Arábia Saudita e Rússia, entraram em uma guerra de preços desde o fracasso das negociações para um acordo entre os membros da OPEP e 10 países aliados. Os preços estão tão baixos agora que não tem sido lucrativo para muitas empresas seguir em atividade, disseram analistas, apontando que produtores com custos elevados não terão escolha a não ser paralisar produção, especialmente porque as alternativas de armazenamento já estão quase cheias. "A demanda global por petróleo está evaporando devido às restrições a viagens impostas pela Covid-19 e medidas de distanciamento social", disse o analista de petróleo do UBS, Giovanni Staunovo.