Cantor Fally Ipupa é acusado por manifestantes de ter relações com o governo da República Democrática do Congo. Incêndio atingiu os arredores da Gare de Lyon, uma das principais estações de trens de Paris nesta sexta-feira (28) Reprodução/Twitter/RER_A Protestos contra a apresentação do cantor congolês Fally Ipupa em Paris, na França, causou incêndios nesta sexta-feira (28) nas proximidades da Gare de Lyon, uma das principais estações de trem da capital francesa. O artista faria uma apresentação em um ginásio nas proximidades do terminal. De acordo com a rede de emissoras públicas France TV, o cantor é criticado por manter relações próximas com o governo da República Democrática do Congo — onde, segundo os oposicionistas, há autoritarismo por parte dos governantes (leia mais no fim da reportagem). Cantor congolês, Fally Ipupa Reprodução/Instagram/fallyipupa01 Houve confronto entre manifestantes e policiais, sobretudo depois que um grupo tentou impedir que os bombeiros chegassem ao local do incêndio. Bicicletas e motos incendiadas perto da Gare de Lyon, uma das principais estações de trem de Paris, nesta sexta-feira (28) François Mori/AP Photo Imagens divulgadas nas redes sociais mostram longas colunas de fumaça preta que podiam ser vistas à distância na capital francesa. Segundo o jornal "Le Figaro", os manifestantes atearam fogo em latas de lixo e em um patinete. Logo, as chamas se alastraram para outros veículos, incluindo carros e bicicletas De acordo com a Polícia, os bombeiros parisienses conseguiram controlar o fogo por volta das 18h30 (horário local, 14h30 em Brasília). Porém, as autoridades ainda pedem que as pessoas evitem os arredores da estação. Incêndio fecha estação de trem em Paris Mundo/G1 Governo da República Democrática do Congo Fally Ipupa recebe muitas críticas de opositores do atual governo da República Democrática do Congo, país africano sob governo do presidente Félix Tshisekedi. O cantor é acusado de manter relações próximas e apoiar o atual mandatário e o ex-presidente Joseph Kabila, considerado autoritário. Felix Tshisekedi segura exemplar da Constituição da República Democrática do Congo durante cerimônia de posse como presidente Olivia Acland/Reuters Tshisekedi foi eleito presidente da República Democrática do Congo em janeiro de 2019, em uma eleição considerada fraudulenta para a oposição. Isso porque ele é apadrinhado político do ex-presidente Kabila, que estava no poder desde 2001, sucedendo, por sua vez, seu próprio pai, Laurent Kabila, assassinado naquele ano. A República Democrática do Congo é rica em minerais, como diamante, cobre, ouro. O país também tem grande potencial agrícola, mas a população congolesa vive em uma situação de grande pobreza.