Porto Seguro: houve aumento da sinistralidade (indicador que mede as perdas) de 51,2% para 53%, puxada pela carteira de automóveis que subiu de 52,7% para 56,1% em 2019 (Divulgação/Divulgação)
São Paulo – É difícil competir contra um ano bom. Em 2018, a seguradora Porto Seguro apresentou resultados acima das expectativas, o que dificultou a comparação em 2019. Mas não apenas. “O ano foi desafiador”, comenta Celso Damadi, vice-presidente de finanças, controladoria, investimentos e planejamento da Porto Seguro.
Houve aumento da sinistralidade (indicador que mede as perdas) de 51,2% para 53%, puxada pela carteira de automóveis que subiu de 52,7% para 56,1%. Consequentemente, a receita do segmento auto recuou 1,3% de 9,96 bilhões de reais para 9,83 bilhões de reais. Por sua vez, a receita total cresceu 1,3% para 18,33 bilhões de reais.
Esse cenário de maior competição — e manutenção do número da frota assegurada — fez com que a Porto Seguro perdesse fatia de mercado em automóveis. De janeiro a novembro (último dado), o market share chegou a 27,2%, menor patamar desde 2016, quando a companhia tinha 28,7%. “Mas nós buscamos market share e, sim, rentabilidade”, diz.
O retorno (ROAE) ficou em 19,3%, ante 19,1% em 2018. “Vamos focar na diversificação de linhas que nos dão mais retorno”, afirma. Já o índice combinado, que mede a eficiência operacional da companhia — e, portanto, quanto menor, melhor —, ficou em 94,5%, alta 2,3 pontos percentuais na mesma base de comparação. O lucro líquido (sem business combination) aumentou 5,2% para 1,39 bilhão.
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Para 2020, a expectativa é que haja uma recuperação das vendas de carros novos, uma melhora da produtividade (com consequente queda de despesas administrativas) e a manutenção dos índices de roubo e furto. Isso tudo deve levar a receitas maiores para a companhia.
“O nosso objetivo é melhorar experiência do cliente. É uma cadeia de ganha-ganha, já que isso aumenta a nossa competitividade.”