A aposta é a SuperGet, cuja taxa é de 2% no débito e no crédito à vista, e o pagamento cai em dois dias (GetNet/Instagram/Reprodução)
São Paulo – A guerra das maquininhas está migrando do mundo físico para uma concorrência digital. A adquirente GetNet, que pertence ao Santander, está iniciando uma frente pela portabilidade das maquininhas mobile. No Brasil, existem cerca de 3 milhões a 4 milhões de empreendedores que utilizam esse tipo de aparelho que é desbloqueado – e, portanto, podem receber acesso da GetNet, Stone, PagSeguro e demais adquirentes. “Nosso objetivo é ter cerca de 10% desse mercado”, afirma Pedro Coutinho, presidente da GetNet.
Para fazer a conexão, basta baixar o aplicativo de qualquer uma das credenciadoras, como a GetNet, e parear a máquina. “Não estamos aqui para vender máquina, e, sim, solução. Estamos aqui para provocar a concorrência”, diz Coutinho. “Entendemos que a barreira para o microempreendedor era a compra da máquina. Agora, não será preciso ter três ou quatro maquininhas”.
A ideia é a mesma do que aconteceu no mercado de telefonia. Antigamente, as operadoras vendiam aparelhos bloqueados e o cliente precisava ter mais de um celular se quisesse ter mais de um chip – mesmo que o aparelho já tivesse sido pago. Com a quebra do bloqueio, o cliente passou a colocar o chip que quisesse.
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O diferencial (e a briga) se dará na prestação de serviço. No caso da GetNet, a aposta é a SuperGet, cuja taxa é de 2% no débito e no crédito à vista e o pagamento cai em dois dias.
Não há vinculação da maquininha com conta do Santander. Mas é claro que o banco vai tentar atrair o empreendedor para se tornar cliente. “O meu trabalho será trazer o cliente para o banco, mas é uma questão comercial”, brinca José Roberto Machado, diretor-executivo de renda fixa do Santander.
Essa portabilidade só funciona com as maquininhas de propriedade dos clientes – não entram as de aluguel. A maquininha mobile custa, em média, cerca de 100 reais. O volume transacionado nelas é de 1.500 a 2.000 reais.
A GetNet detém hoje 12% do mercado de adquirência no Brasil. A meta é chegar a 14% até o fim do ano que vem.