As vendas de passagens aéreas e rodoviárias, diárias de hotéis, locação de veículos e eventos de turismo corporativo somaram R$ 5,57 bilhões, diz associaçao. Turismo de negócios cresce 14,7% no Brasil no 1º semestre Pixabay As viagens de negócios no Brasil cresceram 14,7% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo intervalo de 2018, informou hoje a Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp). As vendas de passagens aéreas e rodoviárias, diárias de hotéis, locação de veículos e eventos de turismo corporativo somaram R$ 5,57 bilhões, ante R$ 4,85 bilhões apurados nos primeiros seis meses do ano passado. Carlos Prado, presidente da Abracorp, disse que o resultado veio em linha com o esperado pelas agências de viagens, que já previam um crescimento de dois dígitos nas vendas. “O resultado foi bom, mesmo com o clima empresarial um pouco negativo, com empresas ainda reticentes em retomar investimentos no país”, afirmou Prado. O maior segmento no turismo corporativo brasileiro, o aéreo nacional, cresceu 24,8% no primeiro semestre, atingindo R$ 2,23 bilhão em vendas totais. Já as vendas de bilhetes aéreos internacionais tiveram queda de 1,7%, para R$ 1,44 bilhão. Ao todo, foram emitidos 991,7 mil bilhetes aéreos na primeira metade do ano. O valor médio da passagem aérea subiu 17,3%, para R$ 737,22. Em bilhetes, a Gol liderou o mercado, respondendo por 38,7% do total dos voos nacionais, seguida pela Azul, com 30,4%. A Latam caiu para a terceira posição, com 25,2% dos bilhetes emitidos. A Avianca Brasil, que operou até o fim de maio, ficou com 5,3% de participação. “O setor vê com preocupação o aumento nos preços das passagens aéreas, o que inibiu o crescimento do turismo de negócios na primeira metade do ano. Para o segundo semestre, a expectativa é de que haja uma melhora, à medida que as empresas aéreas ampliem a oferta de voos”, afirmou Prado. O executivo estima que os preços das passagens aéreas deverão se estabilizar ao longo dos próximos 12 meses, com a ampliação da oferta da Azul, da Gol e da Latam compensando a redução provocada pelo fim das operações da Avianca Brasil. Sem citar números, Prado disse que as agências de viagens de negócios tiveram pouco prejuízo com o cancelamento dos voos da Avianca Brasil. “No turismo de negócios, a compra de passagens é feita principalmente de um dia para o outro. Houve um prejuízo invisível, com o trabalho de remarcação e reacomodação dos clientes nos voos. Quem mais sofreu foram as agências de turismo de lazer”, afirmou o executivo. Para o ano, a Abracorp estima um crescimento de 15% a 16% nas vendas do setor em relação a 2018, quando as vendas somaram R$ 10,3 bilhões. Prado destacou o forte desempenho de vendas de transporte rodoviário, que apresentou no período um avanço de 56,8%, para R$ 4,6 milhões. “A procura pelo transporte rodoviário cresceu muito principalmente após o cancelamento dos voos da Avianca. E também há uma grande procura em regiões que não são atendidas pela aviação comercial, como em algumas cidades do Nordeste, na região Centro-Oeste e em alguns locais do interior de São Paulo”, disse Prado. O segmento de hotelaria nacional apresentou aumento de 25,7% no semestre, para R$ 1,04 bilhão. O valor médio das diárias subiu 6,9%, para R$ 246,68. O segmento de locação de veículos teve crescimento de 20,6% no semestre, totalizando R$ 76,1 milhões. A Localiza liderou a categoria, com 62,9% de participação, seguida pela Movida (13,7%), Unidas (3,9%), Hertz (2%) e Avis (0,7%). O valor cobrado por diária subiu 16% no semestre, para R$ 86, na média. As vendas de seguros de viagem aumentaram 77,3%, para R$ 26,9 milhões.