Huawei: empresa sofre pressão dos Estados Unidos na disputa do 5G (Thomas Peter/Reuters)
Londres — O Reino Unido criticou publicamente a Huawei por não consertar falhas de segurança de longa data em seus equipamentos de rede móvel, revelando novas “questões técnicas significativas” e elevando a pressão sobre a empresa, que vem rebatendo acusações de que Pequim poderia usar seus produtos para espionagem.
Em relatório publicado nesta quinta-feira, o conselho liderado pelo governo que supervisiona a habilitação da Huawei na região disse que problemas contínuos com o desenvolvimento de software da empresa trouxeram “um risco significativamente maior para as operadoras do Reino Unido”.
O conselho – que inclui funcionários da agência de inteligência de comunicações GCHQ do Reino Unido – informou no documento que a empresa não fez “nenhum progresso material” abordando falhas de segurança e que não confiava na capacidade da Huawei de oferecer medidas propostas para tratar de “defeitos subjacentes”.
A crítica incomum e direta surge como um novo golpe para a maior fabricante mundial de equipamentos para redes móveis, que tem enfrentado intenso escrutínio nos últimos meses.
Autoridades nos Estados Unidos e em outros lugares têm cada vez mais expressado publicamente suas preocupações de que os equipamentos da Huawei possam ser usados por Pequim para espionagem ou sabotagem, particularmente quando as operadoras passarem para a próxima geração de redes móveis, conhecida como 5G.
A Huawei informou em comunicado que leva as preocupações do conselho britânico de supervisão “muito seriamente” e que as questões identificadas no relatório “fornecem informações vitais para a transformação contínua de nossas capacidades de engenharia de software”.