Indicador caiu 2,2 pontos na passagem de dezembro para janeiro – e cedeu 0,5 ponto em médias móveis trimestrais. A tendência de recuperação do emprego, iniciada em julho, perdeu força neste início de ano. É o que sugere o Indicador Antecedente de Emprego, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (5). O índice caiu 2,2 pontos na passagem de dezembro para janeiro – e cedeu 0,5 ponto em médias móveis trimestrais, para 84,5 pontos, interrompendo a tendência de alta iniciada em meados de 2020. “A queda do IAEmp em janeiro sugere uma perda de ritmo da recuperação do mercado de trabalho", afirma Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE. De acordo com o pesquisador, "a provável desaceleração da atividade econômica no primeiro trimestre e o elevado nível de incerteza ainda não permitem que seja possível imaginar uma melhora desse indicador no curto prazo”. Indicador antecedente de emprego Economia G1 Já o Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que indica a situação atual do desemprego, recuou 3,8 pontos em janeiro, para 98,8 – neste caso, quanto menor o número, melhor o resultado. Em médias móveis trimestrais, no entanto, houve alta de 0,8 ponto, para 100,3 pontos – maior nível desde março de 2017 (101,3 pontos). “Depois de quatro meses o ICD voltou a cair, mas ainda é preciso cautela com o resultado pois ainda se encontra em nível muito elevado", diz Tobler. "Os próximos resultados podem confirmar se houve uma inversão da tendência, mas o fim dos programas do Governo, a dificuldade que alguns setores ainda encontram na recuperação e a piora dos números da pandemia ainda não sugerem uma expectativa positiva para os próximos meses”, ressalta. Assista as últimas notícias de economia