Michaela Coel em 'I May Destroy You' Divulgação/HBO O que podemos dizer de um prêmio que indica “Emily in Paris” (Netflix) e não indica “I May Destroy You”(HBO), me fala? A gente não deveria nem assistir a essa cerimônia – que sempre foi divertida porque tinha todo mundo na mesa jantando e bebendo champanhe e ficando meio bebinho na hora dos agradecimentos, mas em tempos de pandemia nem isso teremos. Verei só pelo meu amor por Tina Fey e Amy Poehler, que apresentarão a cerimônia mais uma vez (embora cada uma em uma cidade diferente, tomara que funcione…). Tem todas as indicações do Globo de Ouro aqui Sério mesmo. Como um prêmio, hã, “respeitado” de séries indica “Emily in Paris” – que é a coisa mais bobinha, bocó e clichê – para concorrer como a melhor série de comédia e não coloca entre as indicadas a melhor minissérie “I May Destroy You” – que está entre as coisas mais empolgantes, impactantes e elogiadas do ano? Nicole Kidman e Hugh Grant em cena de "The Undoing" Divulgação/HBO Acharam certo, em vez disso, indicar "The Undoing" – cheia de nomes de grife (e você jura que a Nicole Kidman merece um prêmio por ficar bufando em todas as cenas?) – mas com uma história que vai piorando a cada episódio. Nunca vou entender por que o Globo de Ouro insiste em querer premiar séries. Aliás, toda a categoria “série de comédia ou musical” (que já é uma categoria esquisita por definição, quantas séries musicais existem?) está bem fraca, tudo série no máximo “legalzinha”. Pelo menos acertaram nos dramas com “Lovecraft Country” (mas nenhum ator da série indicado? Really?) e "Ozark", e com as excelentes “Normal People” (e Daisy Edgar-Jones, viva) e “Unorthodox” nas minisséries. E pelo menos não indicaram a badaladíssima e chatérrima “Bridgerton” – o que eu achei bem surpreendente em se tratando de Globo de Ouro.