♪ ANÁLISE – É inegável a eficácia da contribuição musical de MC Fioti para conscientizar a população brasileira da importância e da necessidade de se vacinar contra o covid-19. A imediata e já grande repercussão do remix do funk Bum bum tam tam (2017) – intitulado Vacina Butantan – mostra o acerto da associação do popular gênero musical com a vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Além de injetar novo gás na carreira do cantor e compositor paulista Leandro Aparecido Ferreira, de 26 anos, o remix atinge massivo público alvo que, muitas vezes, é vítima das fake news disseminadas criminosamente para confundir a população sobre as vacinas em uso no momento, todas já comprovadamente eficazes por autoridades da ciência. Na pista desde 2016, MC Fioti acerta ao se posicionar explicitamente, através da música, a favor da vacina. “É a vacina envolvente que mexe com a mente de quem tá presente / É a vacina saliente que vai curar nois do vírus e salvar muita gente” brada Fioti, em versos escritos para adaptar o funk de 2017 à campanha do Instituto Butantan pela vacinação em massa do Brasil. Ainda que haja quem já tenha rapidamente se conectado a Fioti para tirar proveito político do sucesso do remix, a ação do MC paulista é louvável. Na versão original de 2017, o funk Bum bum tam tam já tinha se tornado um hit virão de dimensão internacional. Contudo, nada se compara à importância social deste remix de 2021. MC Fioti se posiciona do lado certo da história em momento decisivo para o Brasil vencer a pandemia. Grandes artistas de outros nichos musicais já vinham se manifestando com intensidade nas redes sociais em favor da vacina. Só que a adesão de um funkeiro é fundamental porque o gênero musical tem fácil comunicação com a massa, como prova o sucesso do eficaz remix Vacina Butantan.