Expectativa de Inflação do Consumidor, em janeiro, foi de 5,2%. Na comparação com dezembro, indicador se manteve estável, mas ainda acima acima da meta do governo para 2021, que é de 3,75%. Os consumidores brasileiros seguem se preparando para enfrentar inflação alta em 2021. A Expectativa de Inflação do Consumidor, apurada pela Fundação Getúlio Vargas, para os próximos 12 meses é de 5,2%, apontam os dados divulgados nesta segunda-feira (25).
Essa expectativa mediana de inflação dos consumidores se manteve estável na comparação com dezembro, mas 0,2 ponto acima da apurada em janeiro de 2020. Ela é superior à meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para 2021, que é de 3,75%.
De acordo com a economista da FGV Ibre Viviane Seda Bittencourt, essa expectativa de inflação alta é reflexo da alta nos preços dos alimentos ocorrida ao longo de 2020 e à mudança da bandeira tarifária da energia elétrica no país.
Os consumidores sentiram a aceleração dos preços de alimentos e bebidas e a mudança da bandeira tarifária nos últimos meses, ainda que o cenário fosse de fraca atividade econômica. Isso faz com que projetem uma manutenção desse cenário para 2021, considerando que é esperada uma recuperação ainda que lenta no primeiro semestre do ano”, apontou a economista.
O levantamento da FGV mostrou que, em janeiro, 14,2% dos consumidores projetaram valores abaixo da meta de inflação para 2021, a menor parcela nos últimos seis meses. Por outro lado, a proporção de consumidores projetando acima do limite superior da meta de inflação para 2021 aumentou 3,7 pontos percentuais (p.p.), de 36,0% para 39,7%, a maior parcela dos últimos seis meses.
Quem ganha mais projeta mais inflação
Ainda de acordo com a FGV, as expectativas para a inflação nos próximos 12 meses ficaram ligeiramente menores para os consumidores de menor poder aquisitivo e mais alta para aqueles com maior poder aquisitivo.
Para os consumidores com renda familiar mensal até R$ 2,1 mil, a expectativa de inflação teve queda de 0,2 ponto, ficando em 5,7%. Já entre as famílias com renda acima de R$ 9,6 mil, houve aumento de 0,3 ponto nas expectativas, para 4,8%, maior taxa desde novembro de 2018, quando era de 5,0%.
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