Na segunda-feira (18), moeda norte-americana fechou em queda de 0,07%, a R$ 5,3042. Notas de dólar Reuters O dólar opera em queda nesta terça-feira (18), com os investidores de olho no ritmo da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, na transição de governo nos Estados Unidos e na trajetória da taxa básica de juros no Brasil. Às 10h47, a moeda norte-americana caía 0,56%, cotada a R$ 5,2743. Na mínima até o momento, recuou a R$ 5,2435. Veja mais cotações. Na segunda-feira, o dólar encerrou a sessão em queda de 0,07%, a R$ 5,3042. No mês e no ano, a moeda acumula avanço de 2,26%. Estados começam a campanha de vacinação contra a Covid-19 Cenário global e local No exterior, a perspectiva de lockdowns mais longos na Europa mantinha os investidores cautelosos. No radar dos mercados também está a audiência no Senado de Janet Yellen, secretária do Tesouro indicada por Joe Biden. Ela deve apresentar os planos de Biden na área fiscal. Na quarta-feira, Joe Biden toma posse como novo presidente dos Estados Unidos. O mercado reagiu com dólar em queda quando notícias apontaram Yellen como a escolhida por Biden para comandar o Tesouro, levados por expectativa de que ela abra as torneiras de dinheiro barato para irrigar o mercado com mais liquidez. "O governo Biden deve dar suporte a uma política de dólar forte. Contudo, não acreditamos que os fundamentos são um apoio para o dólar forte e continuamos a esperar fraqueza adicional da moeda ao longo do ano", disseram em nota analistas do banco MUFG. Os preços do petróleo subiam nesta terça-feira, em meio a um otimismo de que estímulos governamentais possam impulsionar o crescimento da economia global e a demanda por petróleo, o que superava preocupações com novos lockdowns contra o coronavírus e seu efeito sobre o consumo de combustíveis. Por aqui, todas as atenções seguem voltadas para o ritmo da campanha nacional de vacinação contra o coronavírus após a Anvisa ter aprovado o uso emergencial das vacinas Coronovac e de Oxford. Até as 8 horas desta segunda-feira, apenas Acre e Rondônia não haviam recebido as doses da CoronaVac. 20 estados iniciaram a imunização desde domingo (17). O avanço da vacinação é citado por profissionais do mercado como fator crucial para a recuperação da economia e nas análises sobre os rumos da taxa de câmbio, já que uma economia em crescimento tende a atrair mais investimentos estrangeiros com potencial para baixar o preço da moeda norte-americana. Na agenda de indicadores, a FGV anunciou que a segunda prévia do IGP-M de janeiro acelerou alta para 2,37%, acumulando alta em 12 meses de 25,46%. Investidores seguem avaliando também os cenários após a inflação em 2020 ter ficado no maior nível em quatro anos, reforçando discussão sobre o momento de alta de juros no Brasil — o que poderia aumentar a rentabilidade do real e elevar a atratividade da moeda brasileira. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta terça e quarta para decidir sobre o rumo da Selic, atualmente na mínima histórica de 2% ao ano. Segundo analistas, um dos motivos para a pressão sobre o real é o juro em patamar muito baixo, que deixa a moeda mais vulnerável a operações de hedge ou de financiamento para apostas em outras divisas. VÍDEOS: Últimas notícias de Economia