Temos um setor público que gasta muito e está endividado. Para onde vai tanto dinheiro, se não vemos serviços públicos em quantidade e qualidade que justifique tanto gasto?
Parte da solução desse enigma está na sem-cerimônia com que são tomadas decisões ruins, que levam a gastos de má qualidade, baseadas em argumentos que não resistem a uma avaliação minimamente cuidadosa.
Na coluna passada, descrevi como um programa de financiamento estudantil mal desenhado enriqueceu donos de escolas e jogou custo de mais de R$ 45 bilhões para o contribuinte. A qualificação dos alunos, que deveria ser o objetivo principal, ficou em segundo plano.
Hoje falo sobre outra proposta, que, se aprovada, será mais um dos muitos casos de dinheiro público canalizado para o ralo. A PEC 391/2017 propõe aumentar em um ponto percentual as parcelas do Imposto de Renda e do IPI destinadas ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Se aprovado, o custo será de R$ 4,4 bilhões por ano.
Leia mais (01/15/2021 – 23h15)