Na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,93%, a R$ 5,3078. Nota de US$ 5 dólares REUTERS/Thomas White O dólar opera em queda nesta segunda-feira (18), em sessão instável, com os mercados de olho em dados sobre a recuperação da economia e no início da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Às 14h04, a moeda norte-americana caía 0,89%, cotada a R$ 5,2605. Na mínima até o momento, recuou a R$ 5,2360. Veja mais cotações. Já o Ibovespa opera em alta, acima dos 122 mil pontos. Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 1,93% frente ao real, cotado a R$ 5,3078. No mês e no ano, a moeda acumula avanço de 2,32%. Pazuello diz que a vacinação contra Covid começa nesta segunda-feira no país Cenário global e local No exterior, dados mostraram uma recuperação trimestral melhor do que o esperado na economia da China, mas o sentimento de cautela prevalecia nos mercados uma vez que a ampliação das restrições pelo coronavírus em diversos países na Europa e possíveis desafios à vacinação podem afetar o ritmo de recuperação da economia global. Lá fora, o dólar americano subia frente a outras moedas, com os mercados dos EUA fechados para um feriado esta segunda-feira e Joe Biden a ser empossado como o próximo presidente dos EUA na quarta-feira. Embora o presidente Donald Trump tenha protestado publicamente contra a força do dólar durante anos, Janet Yellen, a escolha de Biden para assumir o Tesouro dos EUA, deve deixar claro que os Estados Unidos não buscam um dólar mais fraco, de acordo com o Wall Street Journal. Os preços do petróleo recuavam com um dólar mais forte no exterior e preocupações sobre os crescentes casos de Covid-19 pelo mundo. Por aqui, todas as atenções se voltam para o início da campanha nacional de vacinação contra o coronavírus após a Anvisa ter aprovado o uso emergencial das vacinas Coronovac e de Oxford. O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta segunda-feira que a vacinação contra a Covid-19 será iniciada a partir das 17h em todo o país. O anúncio foi feito após ele sofrer pressão dos governadores, que pediram para antecipar o início da aplicação das doses, inicialmente previsto para quarta-feira (20). O começo da vacinação era citado por profissionais do mercado como fator crucial para a recuperação do Brasil, elemento importante nas análises sobre os rumos da taxa de câmbio, já que uma economia em crescimento tende a atrair mais investimentos estrangeiros com potencial para baixar o preço da moeda norte-americana. "A vacinação é condição necessária, mas não suficiente para o crescimento econômico brasileiro. A velocidade de vacinação ditará o quão rápido a atividade econômica retornará ao nível pré-pandemia, mas não altera os desafios estruturais que o país enfrenta", disse a Guide em nota matinal. Recuperação da economia e taxa de juros O Banco Central divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) da instituição, considerado uma "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 0,59% em novembro, mas desacelerou na comparação com outubro (0,75%). "Nossa perspectiva para a atividade torna-se crescentemente desafiadora neste começo de 2021. Além dos desafios relacionados ao fim do auxílio emergencial há o risco de propagação da nova cepa do vírus provocar contração na atividade econômica", avaliou Felipe Sichel, estrategista-chefe do banco Modalmais. Investidores seguem avaliando também os cenários após a inflação em 2020 ter ficado no maior nível em quatro anos, reforçando discussão sobre o momento de alta de juros no Brasil — o que poderia aumentar a rentabilidade do real e elevar a atratividade da moeda brasileira. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta terça e quarta para decidir sobre o rumo da Selic. De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda, os analistas do mercado financeiro elevaram a expectativa para a inflação em 2021de 3,34% para 3,43%. Para o PIB (Produtor Interno Bruto), a projeção de alta para 2021 passou de 3,41% para 3,45%. A estimativa para a taxa de câmbio no fim de 2021 permaneceu em R$ 5. O mercado segue prevendo também alta na Selic. Para o fim de 2021, a expectativa permaneceu em 3,25% ao ano. E, para o fechamento de 2022, os economistas mantiveram a expectativa em 4,75% ao ano. Histórico da variação do dólar G1 VÍDEOS: Últimas notícias de Economia