Kristalina Georgieva disse que medidas de apoio para diversos países ainda serão importantes para superar a crise econômica. A chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta segunda-feira (18) que as perspectivas econômicas globais permanecem altamente incertas devido à pandemia de coronavírus e que uma crescente divergência entre países ricos e pobres exige que o FMI encontre mais recursos. A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse que uma nova alocação da moeda do próprio Fundo, Direitos Especiais de Saque (SDRs, na sigla em inglês), ajudaria a dar aos países mais espaço fiscal para enfrentar a crise de saúde e acelerar o movimento para uma economia digital e verde. Diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva Reuters Sob governo de Donald Trump, que está de saída da Casa Branca, os Estados Unidos, maior acionista do FMI, bloquearam tal movimento, argumentando que forneceriam mais recursos a países mais ricos, uma vez que a alocação seria proporcional à sua participação acionária. A ministra sueca das Finanças, Magdalena Andersson, nova presidente do comitê consultivo do FMI, disse a jornalistas que estava claro que a necessidade de liquidez continuava grande e que consultaria os países-membros sobre opções para expandir a liquidez. Georgieva disse que o FMI aumentou rapidamente o financiamento com condições melhores para mercados emergentes e economias em desenvolvimento, inclusive por meio de doação de cerca de US$ 20 bilhões em SDRs existentes, e que continuaria a desempenhar um papel importante. Mas ela ressalvou que medidas adicionais eram necessárias. "Continuará a ser tão importante, ainda mais importante, sermos capazes de expandir nossa capacidade de apoiar países que ficaram para trás", disse Georgieva. Ela observou que a possibilidade de realizar uma nova alocação de SDRs –algo semelhante a um banco central imprimindo dinheiro– nunca foi retirada da mesa pelos membros do FMI e que alguns membros continuaram a discuti-la como possível ação. Vídeos: Últimas notícias de economia