Dayane Mello é alvo de comentários misóginos e xenofóbicos. 'Recebo até 150 mensagens por dia' de gente do mundo todo dizendo que passou pela mesma coisa, diz irmão ao G1. Os irmãos Juliano e Dayane Mello Arquivo pessoal Os ataques xenofóbicos e machistas sofridos pela modelo brasileira Dayane Mello na versão italiana do "Big Brother" tiveram um efeito reverso: fãs do mundo inteiro se identificam com a situação e procuram a família com mensagens de apoio, conta ao G1 o irmão dela, Juliano Mello. Dayane vai enfrentar na segunda-feira (18) o seu décimo paredão no "Grande Fratello VIP". Nas redes sociais, a brasileira é alvo de xenofobia. "Ela tem que voltar para casa… Sair da Itália", escreveu um internauta. Mas o apoio também cresceu. "É uma loucura, tento responder todo mundo, mas não consigo. De 100 a 150 mensagens de apoio por dia", conta o irmão. "São mensagem de gente do Brasil, de Portugal, da Argentina, do mundo todo. Pessoas que se identificaram com o que passamos, que viveram a mesma situação. Eles dizem: 'Nós que vivemos isso sabemos a verdade'". Juliano também conhece tudo isso de perto: ele costuma passar metade do ano na Itália trabalhando como assessor da irmã. Atualmente, por causa da pandemia e por não ter visto permanente no país, ele está em Lontras (SC), cidade onde os dois cresceram. "Quem já saiu do Brasil assim sabe como é difícil fazer uma história lá fora", diz. Juliano tem 33 anos de idade, um ano e quatro meses a mais que Dayane. Ele trabalha com ela há dez anos. Antes disso, foi barbeiro, assim como o pai. Dayane Mello no 'Grande Fratello VIP' Reprodução/Instagram/dayanemelloreal Ele define a irmã como franca. "Nós brasileiros temos uma cultura distinta. Às vezes incomoda esse nosso calor. Os italianos são muito rígidos, brutos", ele descreve. Juliano diz que o jeito italiano também pode ser mal interpretado. Mas ele também vê limites. "Tem vezes que eles não são grosseiros por maldade. Mas quando são ataques mesmo, como os que a gente viu, é uma coisa triste", ele diz. O irmão diz que, no início, o reality show estava programado para terminar no final de dezembro. Mas por causa da pandemia e da boa audiência, o final foi adiado para fevereiro (primeiro no início e agora no fim do mês). "Tive uma conversa com uma produtora e acredito que terei o prazer de mandar uma mensagem para ela. O que eu quero dizer é para ela não desistir, manter a força, a fé, o foco e a determinação que ela sempre teve." Exército da Dayane No último paredão, na segunda-feira (11), Dayane recebeu apoio da torcida brasileira, que organizou mutirões de votos pela internet para mantê-la na casa. Initial plugin text Em um paredão atípico, nove participantes foram indicados à eliminação. Mello foi a segunda a ser anunciada como uma das integrantes salvas. Mesmo assim, pouco depois da salvação, a modelo recebeu dois votos de seus concorrentes e está de volta à disputa contra a eliminação com mais três mulheres. Initial plugin text Ela está confinada há quase quatro meses e já tinha sobrevivido a oito paredões anteriores, mas enfrenta outra disputa fora do programa. Em reportagem deste domingo (10), o "Fantástico" mostrou que a brasileira tem sido alvo de ataques nas redes sociais. Já a versão nacional do reality show, o "Big Brother Brasil", ganha nova edição a partir do dia 25 de janeiro, com 100 dias de duração. Brasileira no Big Brother Itália mobiliza torcidas após se tornar alvo de ataques e ameaças