Vendas para o exterior aumentam 3,6% na comparação interanual, enquanto as importações caíram 1,1%. Foto aérea mostra containers no terminal de exportações em Qingdao, na China. AFP As exportações da China cresceram 3,6% interanual em 2020, graças à venda de produtos para lutar contra o coronavírus – apontam dados divulgados oficiais divulgados nesta quinta-feira (14). Primeiro país afetado pelo covid-19, mas também o primeiro a se recuperar, a China aparece como o termômetro do tão esperado restabelecimento da economia mundial. Somente em dezembro, as exportações totais da China aumentaram 18,1% com relação ao ano anterior. Trata-se de um resultado superior às estimativas dos analistas, mas muito inferior aos dados de novembro (21,1%). A forte demanda por produtos de saúde e equipamentos de teletrabalho (principalmente computadores), coincidindo com a paralisação causada no mundo pela pandemia, contribuiu para o aumento das exportações, segundo a Alfândega. Já as importações para o gigante asiático cresceram 6,5% no mês passado. O dado é superior às projeções dos analistas (5,7%) e ao percentual do mês anterior (4,5%). No conjunto de 2020, porém, as importações caíram 1,1% em relação ao ano anterior. O superávit comercial da China com os Estados Unidos, que continua sendo o pomo da discórdia com o presidente Donald Trump, aumentou 7,1% no ano passado, para US$ 316,9 bilhões. FMI reduz para 7,9% previsão de crescimento na China em 2021 Desde sua chegada à Casa Branca há quatro anos, Donald Trump fez da redução do déficit comercial com Pequim uma de suas prioridades. Seu governo lançou uma guerra comercial com os chineses em 2018, a qual resultou em taxas alfandegárias recíprocas adicionais sobre muitas mercadorias. Os dois países assinaram uma trégua em janeiro de 2020, pouco antes de o mundo ser paralisado pela pandemia da Covid-19. China coloca mais de 22 milhões em lockdown Vídeos: veja as últimas notícias de economia do G1