Teorias diziam que o presidente americano está travando uma guerra secreta contra um culto liberal global de pedófilos. Vídeo: saiba como se organizaram e quem eram extremistas que invadiram Capitólio
O Twitter anunciou nesta segunda-feira (11) que suspendeu "mais de 70 mil contas" ligadas à teoria da conspiração QAnon, após o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos por uma multidão de partidários do presidente Donald Trump.
"Devido aos eventos violentos em Washington D.C. e ao aumento do risco de danos, começamos a suspender permanentemente milhares de contas que eram principalmente dedicadas ao compartilhamento de conteúdo QAnon", disse o Twitter em um blog.
"Desde sexta-feira, mais de 70 mil contas foram suspensas como resultado de nossos esforços, com muitos casos de um único indivíduo operando várias contas."
"As contas estavam envolvidas no compartilhamento em grande escala de conteúdo prejudicial associado à QAnon e eram principalmente dedicadas à propagação dessa teoria da conspiração por toda a plataforma."
A teoria da conspiração de extrema direita QAnon afirma que Trump está travando uma guerra secreta contra um culto liberal global de pedófilos adoradores de Satanás.
A maioria das principais plataformas de mídia social tomou medidas sem precedentes desde que os apoiadores de Trump invadiram o Capitólio na última quarta-feira para impedir o Congresso de certificar a vitória presidencial de Joe Biden, chocando os Estados Unidos e manchando sua imagem internacional.
O Twitter já havia suspendido indefinidamente a contas de Trump, que se recusou a aceitar o resultado da eleição de 3 de novembro e espalhou teorias infundadas de que a votação foi fraudada. Já o Facebook e o Instagram suspenderam as contas do presidente americano até a posse de Biden, marcada para o dia 20 de janeiro.
Ambas as plataformas referiam-se ao risco de violência futura, especialmente antes da posse de Biden em 20 de janeiro.
O Twitter disse que também levou em consideração que os planos para mais protestos violentos têm proliferado dentro e fora da plataforma, incluindo um segundo ataque proposto ao Capitólio e aos edifícios do governo em 17 de janeiro.
A rede social era o megafone preferido de Trump, e sua conta tinha 88 milhões de seguidores quando foi suspensa.
VÍDEOS: a invasão ao Capitólio dos EUA