Avanço ocorre após a Arábia Saudita ter concordado em reduzir sua produção além do esperado em uma reunião com produtores aliados. Fábrica de refino de petróleo no Texas. Mark Felix/AFP Os preços do petróleo avançavam nesta quarta-feira (6) para seu maior nível desde fevereiro de 2020, após a Arábia Saudita ter concordado em reduzir sua produção além do esperado em uma reunião com produtores aliados, enquanto dados do setor mostraram recuo nos estoques nos Estados Unidos. O petróleo Brent subia 0,75 dólar, ou 1,4%, a US$ 54,35 por barril, às 7h50 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava 0,44 dólar, ou 0,88%, a US$ 50,37 por barril. Na terça-feira, o Brent havia saltado 4,9%, enquanto o barril nos EUA subiu 4,6%. A Arábia Saudita, maior exportador global de petróleo, se comprometeu na terça-feira a promover cortes adicionais e voluntários em sua oferta de petróleo de 1 milhão de barris por dia (bpd) em fevereiro e março, após um encontro entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, grupo conhecido como Opep+. A redução prometida pelos sauditas foi incluída em um acordo para convencer outros produtores no grupo a manter estável sua produção. Projeções "Apesar desse acordo altista sobre a produção, nós acreditamos que a decisão dos sauditas provavelmente reflete sinais de enfraquecimento na demanda à medida que os lockdowns voltam", disseram analistas do Goldman Sachs em nota, embora o banco tenha mantido sua previsão de que o Brent deve fechar o ano a US$ 65 por barril. Enquanto isso, estoques de petróleo nos EUA recuaram em 1,7 milhão de barris na semana até 1 de janeiro, para 491,3 milhões de barris, segundo o Instituto Americano do Petróleo. Analistas esperavam queda de 1,3 milhão de barris. Vídeos: veja as últimas notícias de economia no Brasil e no mundo