O ministro da Economia, Paulo Guedes, interrompeu as férias para ir a uma reunião convocada de última hora pelo presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Outros 16 ministros também foram chamados. A reunião foi convocada depois que o presidente declarou, nesta terça-feira (5), que “o Brasil está quebrado” e que ele, Bolsonaro, “não pode fazer nada”.
O encontro no palácio começou por volta de 8h. A reunião não constava na agenda do presidente, divulgada pelo Palácio do Planalto na noite anterior.
Até a última atualização deste post, a Presidência da República não havia informado o tema da reunião. A lista de ministros presentes foi divulgada quase uma hora depois (veja mais abaixo). Também compareceu o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães.
Do total de ministros do governo, seis não foram à reunião. Entre os ministros ausentes está o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, em período de férias.
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Guedes passa as férias em Brasília por causa da pandemia de Covid-19. Oficialmente, o período de descanso do ministro vai até sexta-feira (8).
A equipe econômica não viu na declaração do presidente uma crítica ao trabalho do ministério. Para autoridades da pasta, Bolsonaro quis dizer que não há recursos para tudo que o governo gostaria de fazer em termos de gastos públicos.
Economistas de fora do governo ouvidos pelo G1 afirmaram que o conceito de "país quebrado" não se aplica ao Brasil. Segundo eles, o país estaria quebrado se não conseguisse pagar seus compromissos em dia nem captar dinheiro, o que não é o caso. Os economistas salientaram que cabe a Bolsonaro promover as reformas e medidas necessárias para evitar um cenário de quebradeira na economia.
Bolsonaro não está trabalhando para colocar as contas do país em dia
Ministros
Veja os ministros presentes na reunião com Bolsonaro:
Braga Netto (Casa Civil)
Fernando Azevedo (Defesa)
Ernesto Araújo (Relações Exteriores)
Paulo Guedes (Economia)
Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura)
Tereza Cristina (Agricultura)
Milton Ribeiro (Educação)
Onyx Lorenzoni (Cidadania)
Eduardo Pazuello (Saúde)
Bento Albuquerque (Minas e Energia)
Fábio Faria (Comunicações)
Gilson Machado (Turismo)
Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União)
Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos)
Pedro Cesar Nunes Ferreira Marques de Sousa, (interino da Secretaria-Geral da Presidência)
Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional)
José Levi (Advocacia-Geral da União)
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