Nomeação foi feita após anúncio da aposentadoria de Steve Mollenkopf, atual chefe-executivo da fabricante de chips para celulares. Cristiano Amon, novo CEO global da Qualcomm, em anúncio da abertura de fábrica de chips em Campinas, em 2018. Marcelo Brandt/G1 O brasileiro Cristiano Amon foi anunciado nesta terça-feira (5) como o novo CEO global da Qualcomm, fabricante americana de componentes para smartphones e redes de telecomunicações. A nomeação veio após o atual CEO Steve Mollenkopf decidir se aposentar. Amon, que ocupa o cargo de presidente da companhia, irá começar no novo cargo em 30 de junho de 2021. Na organização corporativa da empresa, cargo mais alto é de CEO (executivo-chefe), mas também há o presidente. Com a mudança, Amon está sendo promovido. A decisão de aposentadoria de Steve Mollenkopf, de 52 anos, acontece em um momento de expectativas com a chegada da tecnologia 5G. Os processadores da companhia passaram a incorporar o recurso em 2019. Quem é Cristiano Amon O brasileiro Cristiano Amon é doutor em engenharia elétrica pela Unicamp. Na década de 1990 ele se mudou para os Estados Unidos. Ele ocupa o cargo de presidente da Qualcomm desde 2018 – ano em que a empresa anunciou a abertura de uma fábrica de chips para smartphones e internet das coisas no Brasil. É o atual responsável pela operação global da Qualcomm e pela unidade de semicondutores, que inclui componentes para celulares, produtos de radiofrequência, soluções automotivas e de internet das coisas. Um dos produtos mais famosos da empresa, os chips da linha "Snapdragon", está sob seu comando. Sobre a Qualcomm A Qualcomm é a vice-líder no segmento de processadores para celulares com 29% de participação de mercado, de acordo com um levantamento da empresa de pesquisa Conterpoint. A companhia perdeu a lideração para a Mediatek no 3º trimestre de 2020. No ano fiscal de 2020, encerrado em setembro, a empresa teve um faturamento de US$ 23,5 bilhões. Em 2017, sob a gestão de Mollenkopf, a empresa ficou sob os holofotes por causa de uma batalha legal contra a Apple, que acusava a companhia de práticas ilegais de patentes e queria uma indenização de US$ 1 bilhão – em 2019, elas fecharam um acordo. Veja vídeos sobre tecnologia no G1