Nova variante do coronavírus identificada no Reino Unido segue impondo maior cautela nos mercados. Notas de dólar Gary Cameron/Reuters O dólar emendou a terceira alta consecutiva e fechou no maior patamar em quase duas semanas nesta terça-feira (22), ainda refletindo maior cautela dos mercados em relação a uma nova variante do coronavírus identificada no Reino Unido e seu possível impacto na economia global, apesar da aprovação de um novo pacote de estímulo nos Estados Unidos. A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,76%, vendida a R$ 5,1614. Veja mais cotações. Com o avanço desta terça, ao dólar passou a acumular na parcial do mês queda de 3,46% frente ao real. No ano, registra alta de 28,72%. OMS convoca reunião para debater nova variante do coronavírus Cenário externo e local O Congresso dos EUA aprovou na segunda-feira um estímulo fiscal de US$ 892 bilhões. A aprovação dará suporte à economia afetada pela pandemia depois de meses de falta de ação ao mesmo tempo em que vai manter o governo federal norte-americano financiado, mantendo vivas as esperanças de uma recuperação econômica. Os novos estímulos fiscais incluem pagamentos de mais de US$ 600 para cada americano (incluindo crianças) que ganhe menos de US$ 75 mil por ano e benefícios de até US$ 300 por semana para desempregados válido até março de 2021. Ao mesmo tempo, lockdowns rígidos entraram em vigor no Reino Unido na segunda-feira para conter a disseminação da nova cepa do coronavírus, considerada até 70% mais contagiosa do que a original, desencadeando bloqueios nas fronteiras e restrições de viagens de vários países. A cautela desencadeada pela nova variante da Covid-19 traz temores de que ela se espalhe e force mais economias a impor restrições rígidas à atividade. As notícias sobre a mutação do coronavírus chegam no momento em que os EUA lidam com uma disparada de infecções novas que está sobrecarregando os hospitais de alguns estados. Algumas autoridades de saúde dos EUA tentaram apaziguar, no entanto, o receio de uma nova variação do vírus, dizendo que ela deve ser monitorada, mas que sua descoberta não é causa de desespero. Enquanto isso, no cenário doméstico, a pauta fiscal e o plano de vacinação do governo seguiam no radar dos mercados. Com a aproximação do fim das atividades legislativas, os mercados seguem frustrados com a falta de avanços na agenda de reformas do governo, em meio a temores persistentes em relação à saúde fiscal do país. Variação do dólar em 2020 Economia G1 VÍDEOS: Últimas notícias de Economia