Banco central dos EUA espera uma queda do PIB americano de 2,4% este ano e um crescimento de 4,2% em 2021. O Federal Reserve (Fed, banco central americano) manteve inalteradas nesta quarta-feira (16) as taxas de juros de referência entre 0% e 0,25%, e melhorou suas previsões de crescimento para os Estados Unidos em 2020, 2021 e 2022. Policial observa o prédio do Federal Reserve, em Washington Kevin Lamarque/Reuters O Fed espera uma queda do PIB americano de 2,4% este ano e um crescimento de 4,2% em 2021 e de 3,2% em 2022. Em setembro, o BC americano antecipava uma contração do PIB de 3,7% em 2020, antes de um aumento de 4% em 2021 e de 3% em 2022. Também melhorou seus prognósticos para o emprego, com uma taxa de desemprego de 7,6% a 6,7% ao final deste ano. O organismo informou que até que não ocorram "avanços substanciais" no mercado de trabalho e na inflação, vai manter suas compras de bônus, segundo um comunicado difundido ao final da última reunião de seu comitê de política monetária do ano, também a última da era Donald Trump na Casa Branca. O Fed retomou seu programa de compra de ativos na primavera no hemisfério norte para injetar liquidez na economia e facilitar o crédito em taxas baixas. Atualmente, compra US$ 120 bilhões mensais divididos em US$ 80 bilhões para bônus do Tesouro e US$ 40 bilhões para produtos financeiros vinculados a créditos hipotecários. Ao contrário do esperado pelos analistas, o Fed não mencionou que fosse aumentar o tempo durante o qual mantém os bônus. Negociações de estímulo As autoridades do Fed solicitaram ao governo federal nos últimos meses mais medidas de alívio relacionadas à pandemia para impulsionar a recuperação econômica em um momento no qual um salto nas infecções pela Covid-19 levou a mais lockdowns e restrições a empresas em todo o país. O chair do Fed, Jerome Powell, disse a jornalistas que, apesar de algum progresso na recuperação econômica e na taxa de desemprego, o ritmo de melhoria está diminuindo e a proporção de pessoas que estão trabalhando ou procurando trabalho permanece abaixo dos níveis pré-pandemia. "Embora tenha havido muito progresso no mercado de trabalho desde a primavera (nos EUA), não perderemos de vista os milhões de norte-americanos que continuam desempregados", disse. Vídeos: Últimas notícias de economia