Dados são da Abiove, grupo que representa as empresas compradoras do grão no país. Moratória é um acordo entre as indústrias para não comprar soja de propriedades da Amazônia que desmataram – legal ou ilegalmente – após 2008. Colheita da soja avança em Mato Grosso do Sul Anderson Viegas/G1 MS A área plantada em desacordo com a Moratória da Soja na Amazônia cresceu 23% na safra 2019/20 na comparação com o ciclo anterior, chegando a 108,4 mil hectares. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (14) pela associação que representa a indústria (Abiove). Por outro lado, a associação afirma que esse crescimento foi o menor de um ano para o outro desde a temporada 2012/13. A área de soja em desacordo com a moratória, que restringe compras do grão pela indústria de áreas desmatadas após 2008, representa 2% do total cultivado de 5,4 milhões de hectares na região, de acordo com dados da Abiove. Ainda segundo a associação, os dados mais recentes da moratória mostram que a soja não é um vetor importante de desmatamento da Amazônia. A Moratória da Soja na Amazônia é um acordo entre tradings e indústrias que proíbe a compra do grão de áreas desmatadas na região após 2008. Mas o setor produtivo tentou, no ano passado, derrubar esse pacto. Agricultores dizem que a Moratória da Soja desrespeita o direito legal do proprietário, de acordo com o Código Florestal, de utilizar 20% da área dentro da Amazônia para a produção de alimentos, seja a área desmatada antes ou depois de 2008. Por outro lado, empresas exportadoras dizem que a medida pode trazer riscos para as exportações. O pacto é considerado por comerciantes, processadores da oleaginosa e entidades ambientais como importante para limitar o avanço da soja em nova áreas do Bioma Amazônico, preservando florestas. VÍDEOS: tudo sobre agronegócio