Ursula von der Leyen conversou com o primeiro-ministro, Boris Johnson, nesta manhã para definir novos prazos para as negociações após a saída do Reino Unido da União Europeia. Britânico afirma que país deve estar pronto para deixar livre comércio e se sujeitar às regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em pronunciamento neste domingo (13) em Bruxelas Reprodução/YouTube/Comissão Europeia oirc mevEUrsula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse neste domingo (13) que o bloco continuará com as negociações sobre acordos comerciais após o Brexit, ainda que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) esteja em fase avançada. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse neste domingo (13) que o bloco continuará com as negociações sobre acordos comerciais após o Brexit, ainda que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) esteja em fase avançada. Em 31 de dezembro, o Reino Unido deixa de seguir as regras comerciais da União Europeia. "As negociações continuam aqui em Bruxelas", disse Von der Leyen em um pronunciamento transmitido pela internet. Ela falou à imprensa logo depois de uma reunião, por telefone, com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson. "Nós discutimos a maior parte dos tópicos não resolvidos", explicou a presidente da Comissão Europeia. "Nossos times de negociação vêm trabalhando dia e noite nos últimos dias, e apesar da quase um ano de exaustiva negociação, apesar do fato de que prazos foram frequentemente adiados" "Nós dois achamos que é prudente que, neste momento, fazer um esforço a mais", disse a alemã. "Entramos em um acordo de pedir aos nossos negociadores que continuem suas conversas e ver se um acordo pode ser alcançado mesmo neste estágio avançado." A resposta do Reino Unido Boris Johnson durante entrevista coletiva, em 30 de setembro de 2020 Jack Hill/ AFP O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson deu aval para que os negociadores continuem as conversas. Neste domingo, ele reiterou que um acordo é possível, mas o país deve estar pronto para alternativas. "Receio que ainda estejamos muito distantes em algumas coisas importantes, mas onde há vida há esperança. Continuaremos conversando para ver o que podemos fazer, e o Reino Unido certamente não se afastará das conversas", disse. Johnson afirma que os britânicos devem tomar por base o tipo de acordo que a Austrália mantém com o bloco europeu, sujeito às regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e sem um acordo de livre comércio. Segundo ele, é o cenário mais provável depois das conversas deste domingo. "Estamos sempre felizes em conversar e progredir onde podemos. Eu acho que como digo, há um acordo a ser feito se nossos parceiros quiserem, mas continuamos muito distantes nas questões-chave." "Acho que o Reino Unido deveria continuar tentando. Vamos continuar tentando. E vamos tentar de todo o coração e ser o mais criativos possível, mas o que não podemos fazer é ceder sobre a natureza fundamental do Brexit, que é sermos capazes de controlar nossas leis", prossegue o primeiro-ministro. Negociações pós-Brexit Oficialmente, o Reino Unido deixou a União Europeia no dia 31 de janeiro de 2020. O acordo comercial era o mais importante de 11 pontos a serem acertados depois da saída, pois a UE respondeu por 49% das negociações do Reino Unido em 2019. Sem um acordo sobre livre comércio, o Reino Unido passa a seguir os termos da Organização Mundial de Comércio e produtores e importadores britânicos passam a pagar tarifas que hoje não existem para vender e comprar produtos europeus, além de serem sujeitos às mesmas regras que outros parceiros da OMC. As rodadas de negociação ao longo de todo o ano de 2020 renderam poucos avanços e constantes impasses. Na data limite é 31 de dezembro se encerra a vigência das regras comerciais entre as partes. Os principais pontos de entrave são as regras para pesca em território britânico e de concorrência justa entre empresas – o Reino Unido quer isenção das tarifas, e a UE não concorda. Nesta semana, o primeiro-ministro, Boris Johnson, disse que o acordo tem "forte possibilidade" de não sair e que a União Europeia estava tornando as negociações "desnecessariamente difíceis". Johnson compara as futuras relações comerciais com o bloco aos moldes em que funciona hoje com a Austrália, que não tem um acordo de livre comércio. Do lado do bloco, há preparado um plano de contingência, que foca especificamente na livre circulação por ar e terra após o 31 de dezembro, além de acesso bilateral à pesca por um ano, ou até um novo acordo. 1xVelocidade de reprodução0.5xNormal1.2×1.5x2x VÍDEOS: Notícias internacionais p