Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o indicador do turismo precisaria subir em torno de 54,7% para retornar ao patamar pré-pandemia. Novo ministro do Turismo diz que setor não aguenta outro lockdown
Um dos mais impactados pela Covid-19, setor está longe de voltar ao patamar pré-pandemia O Índice de Atividades Turísticas, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), subiu 7,1% em outubro ante setembro, mas caiu 33,6% em relação a outubro do ano passado e acumula perda de 38,2% em 2020.
"Mesmo com a alta, o setor de turismo não conseguiu ainda voltar ao patamar pré-pandemia", afirmou o pesquisador do IBGE, Rodrigo Lobo.
O IBGE calcula que o indicador de turismo precisaria subir em torno de 54,7% para retornar ao patamar de fevereiro deste ano, antes da pandemia.
Lobo comentou que o setor foi um dos mais afetados pela crise econômica causada pela Covid-19. Ele citou como razões as próprias características do turismo, que engloba atividades como passeios e transporte aéreo de passageiros, por exemplo.
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Por regiões, houve alta na atividade em todas as 12 unidades da federação onde o indicador de turismo é investigado em outubro ante setembro. Os destaques positivos foram Bahia (24,4%), Rio Grande do Sul (19,7%), Minas Gerais (10,9%), Rio de Janeiro (6,1%) e São Paulo (3,6%).
Mas, ao se comparar com desempenho de outubro de 2019, todas as 12 unidades tiveram queda na atividade. Os destaques negativos foram: São Paulo (-40,9%), Pernambuco (-38,2%), Rio Grande do Sul (-35,8%), Bahia (-31,9%), Rio de Janeiro (-29,3%) e Minas Gerais (-27,4%).
Essa evolução regional do indicador de turismo, com melhores resultados na margem do que nas comparações interanuais, acompanha o ritmo regional da economia de serviços como um todo, apurada pela PMS.
No volume de serviços totais, houve alta em 16 das 27 unidades da federação, com São Paulo (1,3%) a exercer impacto positivo mais importante. Outras contribuições positivas relevantes vieram do Rio de Janeiro (2,5%), da Bahia (10,8%) e do Distrito Federal (3,2%).
Em contrapartida, na comparação com outubro do ano passado, o volume de serviços caiu em 23 das 27 unidades da federação. A principal influência negativa ficou com recuo observado em São Paulo (-7,7%).
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