Agência de classificação de risco destacou que a economia brasileira entra em 2021 com o desafio de retirar as medidas de estímulo fiscal implementadas para combater os efeitos da crise provocada pelo coronavírus. A agência de classificação de risco Standard & Poor's reafirmou nesta quinta-feira (10) o rating do Brasil em BB- com perspectiva estável. No comunicado, a S&P apontou que a pandemia de coronavírus "exacerbou algumas das principais fraquezas estruturais do Brasil", sobretudo do baixo crescimento econômico, da piora fiscal e do elevado endividamento. A agência destacou que a economia brasileira entra em 2021 com o desafio de retirar as medidas de estímulo fiscal implementadas ao longo deste ano para combater os efeitos da crise provocada pelo coronavírus. Sede da Standard & Poor's (S&P) Brendan McDermid/Reuters "A perspectiva estável indica que a implementação oportuna de ajuste fiscal e a modesta recuperação econômica ajudarão a preservar a confiança do mercado", informou a agência em comunicado. Segundo a agência, um fraco crescimento econômico ou uma "reação de política econômica lenta" pode se traduzir em pressão para o financiamento do governo, o que levaria a um rebaixamento da nota do país no futuro. Por outro lado, uma melhora no rating pode se dar com um desempenho fiscal acima do esperado pela agência. "Essa melhora poderia resultar de um crescimento mais robusto e avanços nas reformas fiscais estruturais postergadas", acrescentou a S&P. Brasil sem selo de bom pagador; veja a nota do país nas principais agências de risco Karina Almeida / G1 Na projeção da S&P, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve encolher 4,7% neste ano e crescer 3,2% no ano que vem. Em novembro, a agência de classificação de risco Fitch Ratings manteve a nota de crédito soberano "BB-" para o Brasil, mas com perspectiva negativa. Vídeos: Veja as últimas notícias de economia