Foram 1,01 bilhão de dúzias obtidas no período, maior volume registrado desde 1987 e que representou uma alta anual de 3,8%. Para pesquisador do instituto, aumento foi puxado pelo avanço do preço da carne. Produção de ovos de galinha bate recorde no Brasil A produção de ovos de galinha chegou a 1,01 bilhão de dúzias no 3º trimestre deste ano, a maior já registrada na série histórica, iniciada em 1987. O volume representou um aumento de 3,8% na comparação com iguais meses de 2019, e alta de 3,6% em relação ao 2º trimestre de 2020. Os dados são das Pesquisas Trimestrais da Produção Pecuária, divulgadas nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). IBGE continua com estimativa de safra recorde em 2020, mas prevê importação de feijão em 2021 De acordo com o supervisor das pesquisas, Bernardo Viscardi, o aumento na produção de ovos reflete uma mudança no consumo das famílias. “A alta no preço das carnes, registrada ao longo do 3º trimestre, tende a fomentar o consumo de ovos de galinha, por se tratar de uma fonte de proteína mais acessível”, diz ele, detalhando que o pico de produção ocorreu em agosto, quando foram contabilizadas 338,76 milhões de dúzias. Produção de ovos no 3º trimestre é a maior em 33 anos no Brasil TV TEM/Reprodução Abate de frangos Entre os rebanhos, o abate de frangos atingiu 1,51 bilhão de cabeças no 3º trimestre, aumento de 2,8% em relação ao mesmo período de 2019 e alta de 7,0% na comparação com o 2° trimestre deste ano. No comparativo mensal, foi registrado o melhor mês de julho de toda a série histórica, que começa em 1997. “A maior demanda das famílias por proteínas mais acessíveis também impulsionou o desempenho do abate de frangos, que se aproximou do patamar recorde atingido no 1° trimestre de 2020, período em que os efeitos da pandemia ainda estavam no início. Os três estados do Sul lideram o setor: Paraná, com 32,9% da participação nacional, seguido por Rio Grande Sul (14,0%) e Santa Catarina (13,5%)”, comenta Viscardi. Suínos e bovinos O abate de suínos também cresceu, alcançando o novo recorde de 12,71 milhões de cabeças, um aumento de 8,1% em relação ao mesmo período de 2019 e de 4,5% na comparação com o 2° trimestre de 2020. Esse é maior resultado da série histórica, com destaque para os meses de julho e agosto, que registraram os maiores níveis da atividade. “Os meses mais frios do ano, geralmente, coincidem com o aumento do abate desse animal, impulsionado pelo aumento do consumo interno. Além disso, o desempenho recorde das exportações de carne suína no período também contribuiu com o resultado do setor”, explica o analista do IBGE. Por outro lado, o abate de bovinos continuou caindo no 3º trimestre. Foram 7,69 milhões de cabeças, quantidade 9,5% em relação ao 3° trimestre de 2019, mas 4,6% acima da registrada no 2º trimestre de 2020. Foi o menor resultado para um 3º trimestre desde 2016. Na comparação mensal, agosto apresentou a maior queda em relação à 2019, com menos 12,4% de cabeças abatidas. “A queda no abate de bovinos vem desde o início do ano, principalmente por conta da restrição da oferta de fêmeas pelos pecuaristas", diz Bernardo Viscardi. "Apesar da retração da atividade na comparação anual, nos meses de julho e agosto foram verificados recordes para a exportação de carne bovina, mesmo produzindo menos internamente”, acrescenta. VÍDEOS: tudo sobre o agronegócio