Na quinta-feira, moeda norte-americana fechou a R$ 5,0376, na menor cotação desde 10 de junho. Nota de US$ 5 REUTERS/Thomas White O dólar opera em alta nesta sexta-feira (11), após ter atingido a menor cotação em quase seis meses na sessão anterior, com os investidores passando a avaliar com cautela os riscos no cenário internacional e a saúde fiscal do Brasil. Às 14h45, a moeda norte-americana subia 0,33%, cotada a R$ 5,0542. Na máxima até o momento chegou a R$ 5,0885. Veja mais cotações. Na quinta-feira, o dólar encerrou a sessão em queda de 2,63%, a R$ 5,0376 — menor patamar de fechamento desde 10 de junho (R$ 4,9334). Na parcial do mês, acumula queda de 5,78%. No ano, ainda tem alta de 25,63%. Saiba se é hora de comprar dólar Cenário local e externo A sinalização do Banco Central de que o ciclo de cortes da Selic caminha para um fim e o anúncio de leilões de swap novos pela instituição foram fatores que contribuíram para a queda do dólar na véspera, assim como uma fraqueza generalizada da moeda dos EUA nos mercados internacionais. Analistas também citavam o impasse nas negociações comerciais do Brexit como um ponto de atenção nos mercados internacionais nesta sexta-feira, uma vez que um cenário de divórcio caótico, sem acordo, pode prejudicar as cadeias comerciais globais, destaca a Reuters. Os negociadores do Reino Unido e da UE têm até o final do domingo para tentar resolver suas diferenças. Nos Estados Unidos, a confiança dos consumidores subiu para 81,4 pontos, contra 76,9 pontos em novembro, segundo estimativa preliminar da pesquisa da Universidade de Michigan. Foi um resultado que superou expectativas. Analistas esperavam queda para 75 pontos em virtude do aumento de casos de Covid-19 e perda de força na recuperação de empregos. Márcio Bittar decide não apresentar o relatório da PEC Emergencial em 2020 Preocupação fiscal No Brasil, continuava no radar dos investidores a questão fiscal, que há meses têm sido apontada como um fator decisivo na disparada do dólar frente ao real no ano de 2020. Em meio um Orçamento apertado para 2021 e uma agenda de reformas estruturais atrasada, os mercados temem que o governo adote medidas para flexibilizar ou furar seu teto de gastos, e seguem no aguardo de anúncios concretos a favor da responsabilidade fiscal. O relator da PEC Emergencial, senador Marcio Bittar (MDB-AC) confirmou nesta sexta-feira que não irá mais apresentar seu parecer sobre o texto neste ano, alegando a complexidade do tema e a atual conjuntura do país, sem entrar em detalhes. A PEC tem o objetivo de regulamentar o teto de gastos com gatilhos e tratar de temas do pacto federativo. Na véspera, a agência de classificação de risco Standard and Poor´s reafirmou a nota do Brasil em moeda estrangeira "BB-", com perspectiva estável, mas apontou que a agenda de reformas fiscais no país tem evoluído de maneira lenta e que os próximos dois anos ainda deverão ser de déficits significativos nas contas públicas. Na agenda doméstica, o IBGE divulgou mais cedo o resultado do setor de serviços de outubro, que registrou alta de 1,7%, na terceira expansão seguida — mas insuficiente para recuperar o nível pré-pandemia. Variação do dólar em 2020 Economia G1 Assista às últimas notícias de economia