Libanês naturalizado brasileiro, banqueiro era o homem mais rico do Brasil e figura emblemática do setor financeiro no país. Joseph Safra morre em SP aos 82 anos Entidades e associações lamentaram a morte de Joseph Safra nesta quinta-feira (10). O banqueiro e dono do Banco Safra morreu em São Paulo, aos 82 anos. Safra era o homem mais rico do Brasil, de acordo com o último ranking de bilionários brasileiros da revista Forbes Brasil, com uma fortuna estimada em R$ 119,08 bilhões. Pelo Bloomberg Billionaires Index, ele ocupava a 101ª posição em todo o mundo. VEJA FOTOS Associação Brasileira de Bancos (ABBC) "Joseph foi fundamental para o sistema financeiro nacional, um dos mais ilustres representantes", afirmou a ABBC, em nota, destacando que o banqueiro foi muito conhecido no meio filantrópico com doações para hospitais, museus e à comunidade judaica. "Visionário, líder e empreendedor foi o responsável pelo grupo Safra no Brasil e também por unidades na Europa, J. Safra Sarasin, na Suíça e nos Estados Unidos, Safra National Bank (Nova York), além de investimentos imobiliários no Brasil, Europa e Estados Unidos… Joseph Safra deixou um legado que continuará a influenciar não só aqueles que trabalharam diretamente com ele, como todos os que atuam na área financeira", acrescentou. Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) "Figura emblemática do setor bancário no país, descendente de banqueiros e com visão estratégica sobre o país, Joseph Safra foi também um exemplo como empresário e filantropo. Sua contribuição para escolas, museus e instituições, não só no Brasil, quanto em outros países, é marcante. O legado de sua atuação no desenvolvimento da economia nacional ficará sempre marcado na história do Brasil, país que ele adotou 58 anos atrás". Candido Botelho Bracher, presidente do Itaú Unibanco “Empresário dotado de grande energia, adotou o Brasil como pátria e construiu uma das principais instituições financeiras do país. Com o Grupo Safra, rompeu fronteiras e foi um dos pioneiros no mercado financeiro a se destacar internacionalmente. Aliou ao papel de grande empresário aquele de grande filantropo, compartilhando assim seu êxito com a sociedade". Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil “Joseph Safra foi um homem de coragem. Após imigrar para o Brasil, teve participação fundamental no desenvolvimento do setor bancário do País, empreendendo também em outras áreas com destemor e eficiência. Seu nome se tornou sinônimo de humildade e filantropia não só no Brasil, mas em todo o mundo. Meus sinceros sentimentos a toda a família, colaboradores e amigos, que certamente seguirão seu legado". Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do conselho de administração do Bradesco "O ‘seu José’, como era reconhecido em nosso meio, consolidou-se em vida como um símbolo de confiança do mercado financeiro nacional. Praticando os melhores fundamentos da atividade bancária, ao longo de toda uma vida, iniciada no Líbano, ele dedicou-se pela vocação de líder e banqueiro, tornando-se rapidamente um nome conhecido e respeitado no mercado global", disse, em nota Trabuco, destacando que a marca Safra destacou-se nos principais mercados do mundo como exímia gestora do patrimônio das famílias. "No Brasil, dividia o comando do Banco Safra com uma intensa atividade filantrópica e profundo amor pelas artes, sendo sempre um dos principais beneméritos da grande comunidade judaica em nosso país. Por seus méritos, amealhou fortuna, mas sua atuação em sociedade era ressaltada pela máxima elegância e discrição, aquelas qualidades que distinguem os grandes homens", acrescentou. Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal "Recebi com pesar a notícia do falecimento do fundador do Banco Safra, Joseph Safra. Em nome dos colaboradores da Caixa, expresso nossos sentimentos aos familiares e amigos". O empresário Joseph Safra, do Banco Safra, é visto durante jantar anual de Confraternização dos Dirigentes de Bancos, no Grand Hyatt Hotel, em São Paulo, em novembro de 2010 Renata Jubran/Estadão Conteúdo Vídeos: veja últimas notícias de economia