Mineradora anunciou no fim do ano passado a intenção de deixar a território francês onde opera uma usina metalúrgica de níquel e cobalto. A Vale anunciou que fechou acordo para a venda de sua planta de níquel na Nova Caledônia, território francês no Pacífico.
Segundo a Vale, o acordo foi fechado com um consórcio liderado pela atual administração e funcionários da Vale Nova Caledônia, apoiado pelas autoridades caledonianas e francesas, com a Trafigura como acionista minoritária.
A Vale explicou que "esta solução de compra garantirá a continuidade da exploração e do desenvolvimento da usina com o respeito de suas responsabilidades sociais e ao meio ambiente por uma nova empresa (que recebeu o nome) Prony Resources, na qual investidores locais controlam 50%".
"O projeto de empresa Prony Resources permitirá garantir mais de 3.000 empregos diretos e indiretos", declarou Antonin Beurrier, atual presidente da Vale NC, segundo a France Presse.
Depois de perder bilhões de dólares, a Vale anunciou no fim do ano passado a intenção de deixar a Nova Caledônia, um território francês onde opera uma usina metalúrgica de níquel e cobalto, próxima à rica e estratégica jazida de Goro.
A usina, que enfrenta grandes dificuldades técnicas, foi redimensionada antes de ser colocada à venda e fabrica um produto intermediário chamado 'Nickel Hydroxyde Cake', (NHC) destinado ao mercado de baterias de carros elétricos.
A compra da fábrica é uma questão polêmica, que provoca tensões entre independentistas e não independentistas, destaca a agência France Presse.
O anúncio da operação aconteceu depois de vários dias de bloqueios e confrontos com as forças de segurança devido à "oposição total" à presença da Trafigura por parte dos independentistas da FLNKS (Frente de Libertação Nacional Socialista Kanak), do grupo "Usine du sud: usine pays" e do fórum de negociação autóctone (ICAN).
Estas organizações, que defendem o nacionalismo da área de mineração, apoiavam uma oferta distinta, em associação com a Korea Zinc, que foi rejeitada pela Vale antes que o grupo coreano anunciasse na segunda-feira a saída da disputa.
"A transação proposta, com conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2021 e para a qual uma reserva de US$ 500 milhões será refletida nas demonstrações financeiras consolidadas da Vale, está sujeita a consulta ao conselho de trabalhadores da VNC e outras condições, incluindo aprovações pelas autoridades caledonianas e do Estado francês", informou a Vale, em comunicado.
"A Vale reafirma seu compromisso com seus acionistas em transformar o negócio de Metais Básicos, simplificando seu fluxo de operações e possibilitando um foco contínuo em seus principais ativos, além de honrar seu novo pacto com a sociedade, contribuindo para a manutenção de um ambiente sustentável para a continuidade das operações", acrescentou.
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