Embora chineses continuem a comprar bastante proteína no próximo ano, aumento de restrições para frigoríficos da Austrália, terceiro maior fornecedor do país, pode frear avanço. Frigorífico de carne bovina – foto tirada antes da pandemia Divulgação O crescimento das importações de carne pela China deverá desacelerar para um ritmo abaixo de 20% no próximo ano, disse uma importante analista nesta terça-feira (8), em meio a uma menor oferta da Austrália, importante exportadora, e com o aumento da produção doméstica de carne suína. A China, que responde por um quatro do comércio global de carne, tem expandido rapidamente suas importações nos últimos anos, com salto de 60% nos embarques no ano passado, para 1,66 milhão de toneladas, enquanto neste ano as compras aumentaram 40% até o momento. Exportação brasileira de carne bovina tem maior volume do ano em novembro Mas as importações da China junto a seu terceiro maior fornecedor, a Austrália, devem cair em meio a uma menor produção e às maiores tensões políticas entre os países, disse a analista Pan Chenjun, do banco holandês Rabobank, que também atua em consultoria no setor agrícola. A China suspendeu seis frigoríficos australianos de seu mercado até o momento no ano, citando motivos como questões relacionadas a embalagens. "Por esse motivo, eu acredito que o crescimento das importações da China não será tão forte como nos dois anos anteriores, e talvez fique abaixo de 20%", afirmou ela. A oferta chinesa de carne suína também está se recuperando "muito mais rápido que o esperado" após o rebanho de suínos do país, o maior do mundo, ter sido devastado por uma epidemia de peste suína africana. Veja os vídeos mais assistidos do Globo Rural