Deputado explicou que o aumento de preços ganhou está ligado a uma rápida desvalorização da moeda local. A Venezuela fechou novembro com uma inflação de mais de 4.000% em 12 meses, de acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira (4) pelo parlamento, de maioria opositora.
O índice, em meio a um ciclo hiperinflacionário, atingiu 4.087% no período de novembro de 2019 a novembro de 2020, após dar um salto no mês passado, informou à imprensa o deputado José Guerra, membro da Comissão de Finanças da Assembleia Nacional.
A variação dos preços foi de 65,7% em novembro e 23,8% em outubro, segundo o relatório. Por videoconferência, Guerra explicou que o aumento de preços ganhou está ligado a uma rápida desvalorização da moeda local, o bolívar, devido à emissão de dinheiro para pagar bônus e gratificações de Natal aos funcionários públicos.
"A desvalorização da moeda é transferida para os preços", disse Guerra, chamando a situação de "círculo vicioso".
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De janeiro a novembro, por outro lado, a inflação atingiu 3.045,92%. O parlamento publica índices econômicos devido à escassez de dados oficiais do Banco Central da Venezuela (BCV).
O BCV, que costuma atrasar na publicação de indicadores econômicos, inclusive deixando de divulgá-los por meses, informou que o país caribenho acumulou inflação de 844,1% entre janeiro e setembro. Não há atualizações desses números.
A Venezuela, que atravessa seu sétimo ano consecutivo de recessão, fechou 2019 com inflação de 9.585,5% segundo a entidade emissora. O bolívar, segundo as taxas oficiais, desvalorizou 49,8% em novembro e 92% em 2020.
Um dólar estava sendo negociado a 80.945,72 bolívares no início do ano. Agora já rompeu a barreira do milhão, de acordo com o BCV, atingindo 1.029.051,92 nesta sexta-feira.
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