O Secretário de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, utilizou os números do PIB do 3º trimestre divulgados nesta quinta-feira (3) para defender que não há necessidade de estender para 2021 os auxílios governamentais, como o emergencial de R$ 600 ou R$ 300 pago à população vulnerável.
“A forte recuperação da atividade, do emprego formal e do crédito, aliada ao aumento da taxa de poupança, pavimentam o caminho para que a economia brasileira continue avançando no primeiro semestre de 2021 sem a necessidade de auxílios governamentais”, afirmou Sachsida ao blog logo após a divulgação dos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
PIB avança 7,7% entre julho e setembro, diz IBGE
A continuidade no próximo ano do pagamento do auxílio emergencial, ou de reforço de outros programas sociais e de crédito, é defendida por parlamentares, debatido dentro do governo e até mesmo recebeu respaldo do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Apesar de positivo, o crescimento de 7,7% do PIB brasileiro no 3º trimestre decepcionou parte do mercado financeiro, que esperava um número ligeiramente mais alto, em torno de 8% a 9%. A queda acentuada do PIB no 2º e 3º trimestre de 2020 ainda faz com que a economia brasileira não tenha voltado aos níveis pré-crise.