Após muitas dificuldades, Angelo Borim comemora o aumento do faturamento durante a pandemia e a mudança de categoria de MEI para microempresa. Empresário conta sua história de superação fazendo pães artesanais orgânicos
Superação define a história do empreendedor Angelo Borim. Em meio a desafios que deixariam muita gente pelo caminho, ele levantou a cabeça, seguiu a receita da família para prosperar e virou padeiro.
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“É uma ironia do destino, amputado de braço virar padeiro. É quase uma piada. Eu nunca imaginei que fosse seguir esse caminho”, conta Angelo.
Fazer pães está na raiz da família Borim. O avô de Angelo tinha uma padaria, no interior de São Paulo, e o pai dele sustentou a casa vendendo pãezinhos na porta de escolas.
Angelo foi cursar psicologia em São Paulo e em 2006 sofreu um acidente de carro e perdeu parte do braço. Ele se apoiou no esporte para seguir em frente. Fez natação e triatlo, onde chegou a ser vice-campeão mundial de para-triatlo. Mas por um problema de saúde, teve que abandonar as competições.
Em 2016, ao se tornar pai, Angelo voltou a sonhar. O filho Muká, hoje com quatro anos, foi o inspirador do pai em mais uma guinada. Quando ele nasceu, Angelo buscou na memória o que o avô fazia e encontrou forças para montar seu próprio negócio: uma fábrica de pães artesanais.
“Antes dele eu começava um projeto e não me empenhava. Quando ele chegou, eu falei: ‘agora tem que ser’. Pensei: ‘o que vou fazer para dar um pouco mais de renda para minha família? Pão, lógico'. Minha família, quando precisa, faz pão”, conta.
Angelo começou em casa e investiu R$ 7 mil em um forno e em uma masseira. Os pães artesanais orgânicos fizeram sucesso. Em outubro deste ano, ele alugou um espaço e ampliou a fábrica.
“Hoje tá explodindo de padarias artesanais, de fermentação natural, e eu tive a alegria de começar um pouco antes, quatro anos atrás”, diz Angelo.
O pão 100% integral de 600 gramas é o mais procurado e custa R$ 18. O faturamento da fábrica de pães cresceu 20% durante a pandemia. Angelo, que começou como MEI, já está mudando a categoria para microempresa.
“A vida é uma loucura, ela dá cambalhotas e cambalhotas. A gente cai, e acho que isso é da vida, não tem como fugir. Você vai levar tombos e vai se levantar. Tem que tentar de novo, se apoiar em quem você tem perto, que pode te dar uma acolhida, um colo, até você ter energia para levantar. Tem que ter paciência. Uma hora a gente consegue subir de novo”, afirma o empresário.
Pão Garimpeiro Padaria Artesanal
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