Países deverão eliminar barreiras comerciais para a tecnologia médica para estimular melhora, disse a diretora-gerente do fundo, Kristalina Georgieva. A economia mundial enfrenta um árduo caminho para sua recuperação, após a crise da covid-19, e os países deverão eliminar as barreiras comerciais para a tecnologia médica para estimular essa melhora, disse a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, nesta quinta-feira (19). Este apelo da diretora-gerente do FMI se volta para a reunião virtual do G20 neste fim de semana, no momento de retomada de uma pandemia que deixou mais de 1,3 milhão de mortos em todo o mundo, assim como uma crise que causou uma forte contração da economia global. "Embora uma solução médica para a crise esteja à vista, o caminho para a recuperação econômica continua sendo difícil e sujeito a retrocessos", antecipou Georgieva. Kristalina Georgieva, em imagem de arquivo Sergei Karpukhin/Reuters Para a diretor-gerente do organismo multilateral, o caminho para uma recuperação será árduo, e os países deveriam eliminar as barreiras tarifárias à tecnologia médica para avançar em direção à recuperação. Várias empresas farmacêuticas relataram progressos animadores para a produção de uma vacina eficaz contra o coronavírus, enquanto os casos continuam a aumentar, forçando alguns países a reimporem restrições para frear os contágios. "O aumento nas infecções é um poderoso lembrete de que uma recuperação sustentável não pode ser alcançada a menos que derrotemos a pandemia em todos os lugares", disse Georgieva, fazendo um apelo aos países para que cooperem, de modo a garantir que o fornecimento de vacinas, testes e medicamentos seja adequado. A chefe do FMI também pediu que haja esforços multilaterais para a fabricação, compra e distribuição de recursos médicos, especialmente para os países pobres. "Isso também implica eliminar as recentes restrições comerciais para equipamento médico, incluindo aquelas relacionadas com as vacinas", frisou Georgieva. Última cúpula O Fundo espera que o Produto Interno Bruto (PIB) global vá se contrair 4,4% este ano para, então, registrar uma recuperação de 5,2% em 2021. Georgieva destacou que o crescimento do terceiro trimestre foi melhor do que o esperado nos Estados Unidos, no Japão e em vários países europeus. A reunião virtual do G20 organizada pela Arábia Saudita será a última reunião deste grupo para o presidente dos EUA, Donald Trump, derrotado em sua tentativa de reeleição e ainda se recusando a reconhecer a vitória do democrata Joe Biden. Nesse ambiente sem precedentes nos Estados Unidos, não está claro se o magnata republicano participará do encontro. Durante sua administração, Trump incendiou conflitos comerciais com a China e com seus aliados europeus, que frearam o crescimento global desde antes da chegada do vírus. Em outra publicação, o FMI também pediu aos países que trabalhem juntos para conter a pandemia. "A combinação de políticas nacionais bem coordenadas com medidas globais vai ajudar a garantir que haja uma recuperação forte e sustentável", disse este credor multilateral. O FMI também lançou um apelo para que Reino Unido e União Europeia concluam um acordo comercial sobre suas suas trocas após o Brexit. Por fim, a instituição reiterou seu mantra em favor de que os países mantenham um maior nível de gasto público para superar a retração econômica e reconfigurar suas economias para o crescimento, assim como para lutar contra a mudança climática. Assista as últimas notícias de economia