Impacto da pandemia sobre o dólar foi a principal causa da variação do custo de vida em muitos países, destacou a pesquisa. Pessoas caminham em Paris, na França, diante da Torre Eiffel Charles Platiau/Reuters Paris, na França, e Zurique, na Suíça, se uniram a Hong Kong, na China, no trio de cidades com custo de vida mais elevado, substituindo Singapura e Osaka (Japão), aponta um estudo publicado na edição desta quarta-feira da revista "The Economist". Teerã deu o maior salto, subindo 27 colocações, devido ao impacto das sanções americanas, informa o relatório 2020 sobre o custo de vida no mundo publicado pela revista britânica. O impacto da pandemia sobre o dólar foi a principal causa da variação do custo de vida em muitos países, destaca a pesquisa. "A pandemia fez com que o dólar perdesse valor, enquanto as moedas do oeste europeu e do norte da Ásia ganharam força, o que teve consequências no preço de bens e serviços", destacou Upasana Dutt, que está entre os responsáveis pelo estudo. "Paris e Zurique se uniram a Hong Kong no topo da lista devido à alta do euro e do franco suíço", indica o relatório, segundo o qual os preços em Singapura caíram principalmente devido à redução da demanda causada pelo êxodo de trabalhadores estrangeiros. Em Osaka, terceira maior cidade do Japão, "os preços de bens de consumo ficaram estagnados e o governo japonês subsidiou custos como o do transporte público", assinala o texto. Nos Estados Unidos, Nova York perdeu um lugar e se situa na sétima posição, assim como Genebra, e Los Angeles caiu para o nono lugar, juntamente com Copenhague. Em todo o mundo, a queda do custo de vida seguiu a dos preços do vestuário, uma vez que a população confinada parou de comprar peças novas. O auge do trabalho remoto, no entanto, levou ao aumento da compra de eletrônicos, cujos preços foram os que mais subiram, segundo o estudo.