Ana Flor sobre eleições 2020: 'Eleitor se esgotou com esse duelo dos extremos'
O 1º turno das eleições municipais de 2020 mostrou que o eleitor brasileiro preferiu se distanciar da polarização que dominou o pleito de 2018.
O recado do eleitor foi o da moderação. Os extremos que duelaram no segundo turno presidencial há dois anos tiverem resultados ruins, enquanto os partidos de centro cresceram em todas as regiões do país.
Mourão diz que não se pode 'debitar' a Bolsonaro o mau desempenho de candidatos apoiados pelo presidente
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu escolher um punhado de candidatos a prefeito e vereador, nomes divulgados em uma lista em rede social na noite de sábado (14). Dos 45 candidatos a vereador apoiados pelo presidente, 10 se elegeram.
Seu filho Carlos Bolsonaro reduziu o número de votos e deixou de ser o vereador mais votado do Rio de Janeiro. Entre candidatos a prefeito apoiados por Bolsonaro, 13 saíram derrotados.
O apoio do presidente também não foi de muita ajuda à candidata que apoiou ao Senado em Mato Grosso, onde houve eleição suplementar, Coronel Fernanda (Patriota).
O PT, o outro extremo que disputou o segundo turno das eleições presidenciais de 2018, encolheu. Reduziu o número de prefeituras em 32% quando comparado a 2016, indo de 257 para 179 cidades.
Também perdeu espaço para o PSOL, que nasceu de uma costela sua, e, nas capitais, alcançou o segundo turno em apenas duas, com a segunda vaga. Resultado muito ruim para um partido que, no início dos anos 2000, planejava conquistar 1,5 mil municípios.
O resultado traz motivo para ambos os lados repensarem suas estratégias para 2022.